terça-feira, 25 de dezembro de 2018

#QuaseLá|Capítulo04

Hello, Bitches❤

Eliza não sabia o quê fazer. A sua namorada de mais desde o ensino médio havia acabado tudo. Eliza nem tinha para onde ir agora. Sabia que Pam deixaria ela ficar na casa, mas ela também sabia que se tivesse que ver a Pam com mais alguém ela morreria. E por isso ela estava agora no terraço do prédio em que moravam. Em um curso em que ela odiava com todas as forças e agora sem a namorada para lhe dar suporte, Eliza não tinha mais perspectivas de vida e nem queria continuar a sua. Ficou em pé na ponta do prédio encarando o chão. Um único passo e tudo acabaria para sempre.
Ela fechou os olhos e começou a contar: 
- 3... 2...

Mas antes que pudesse continuar, Fire tocou alto o suficiente para tira-la do transe. Era seu celular tocando. Suicídio deveria ser algo mais privado.
- Alô?! - Eliza atendeu com uma voz pesada.

- ELIZA, POR FAVOR VEM PRO HOSPITAL AGORA.

- QUEM TÁ FALANDO?! THIAGO?! - Ela reconheceu a voz do amigo.

- É O ULYSSES. ELE NÃO TÁ BEM.

Ela desceu as escadas apressada. Não sabia p quê estava acontecendo. Nunca havia visto a voz do Thiago tão triste.
Ao chegar na rua trombou com Pam esperando um carro.
- Tá indo ver o Thiago?!

- To - Ela respondeu sem pensar duad vezes.

- Por favor, deixa eu ir contigo.

- Vamos.

No caminho elas não trocaram uma palavra. Não por terem acabado de terminar, mas por estarem tentando entender o quê aconteceu para Ulysses parar na emergência uma hora dessas.
Assim que chegaram Eliza correu para dentro deixando Pam pagar a viagem. Na entrada do hospital, Eliza viu a Penélope, moto de Ulysses caída no chão. Primeiro achou que fosse acidente de moto, mas ao encontrar Thiago na sala de espera entendeu que não era.
- O quê aconteceu aqui?! - Eliza se aproximou do amigo preocupada.

- Eu não sei - Thiago levantou nervoso em prantos - A gente tava bem e de repente ele tava no chão vomitando sangue.

- O quê?! - Pam chegou assustada - Cadê ele?!

- Levaram ele lá pra dentro - Thiago apontou para a sala da urgência emergência para casos cruciais.

-Ele...?! - Eliza não precisou terminar a frase antes de Thiago responder.

- Eu não sei - Thiago abraçou as meninas com os olhos cansados de tanto chorar. Os três estavam no escuro.

Pouco mais de 1 hora e meia depois Ulysses acordava com uma dor de cabeça infernal e reclamando da quantidade excessiva de branco. Primeiro achou que havia morrido e ido para o inferno, mas ao analisar melhor o quarto e ver Thiago, Pam e Eliza com o Médico viu que era bem pior:
- O quê aconteceu aqui?!

- Você passou mal... Muito mal - Thiago respondeu cansado.

- Como a gente chegou aqui?! - Ulysses imagimava o pior: Adeus Penélope.

- Eu te trouxena Penélope. Inclusive acho que ela vai precisar ver o mecânico.

- Merda - Ele voltou a fechar os olhos.

- Bom, você precisa de um copo de água ou alguma coisa? - O Médico perguntou.

- Não, valeu... O quê houve comigo.

- Bom, o seu amigo disse que você vomitou sangue e desmaiou - Ulysses realmente não se lembrava. Sua última lembrança foi sentir algo passar queimando sua garganta e então desmaiou - Mas analisando seus examos, você não teve uma hemorragia, então provavelmente não era apenas sangue como também outros fluídos. O que explica o por quê virou uma "poça" tão rápido.

- E o quê eu tive?!

- Não é o quê você teve, mas o quê você tem: Você possui todos os resquisitos para ter aids ou coisa pior.

- Merda - Ulysses, Thiago e Pam disseram juntos, fazendo Eliza bufare sair da sala.

- Bom, foi meu primeiro palpite, mas não era isso - Ele respondeu - Mas seus órgãos estão bem debilitados. Todos.

- Como assim?!

- É como se eles estivessem funcionando com 15 % fe bateria com a economia de energia ativada - Eles explicou de um jeito que eles entenderam no mesmo instante - Você está se desgastando demais e o seu corpo não consegue mais acompanhar seu cérebro.

- ...

- Como é sua alimentação?!

- É... Boa?!

- Pizza e Brigadeiro toda semana - Pam respondeu.

- Pam! - Ulysses virou para garota irritada.

- Olha, você tá morrendo, então preciso que me responda seriamente, okay? - O Médico perguntou sério.

- ... Okay.

- Você faz algum exercício físico?

- Eu saio para caminhar, pelo menos uma vez por semana.

- Quantas horas você dorme por dia?

- ...eu... - E aí estava a pergunta de 1 milhão de dólares - Eu não durmo as vezes.

- Você sofre de insônia?

- Quase sempre, só que ultimamente elas tão vindo mais fortes.

- Passou por alguns estressa ultimamente.

- ...não - Ulysses evitou olhar para Thiago, mas não teve jeito. O amigo entendeu na hora o quê ele estava fazendo.

- Foi por minha causa - Thiago disse.

- Claro que não, Thiago.

- Não foi uma pergunta - Thiago disse fazendo Ulysses se calar.

- Olha, como eu disse, seus órgãos não estão suportando mais seu corpo. Se você não tratar-se, eles vão simplesmente morrer e consequentemente você também. Eu vou recomendar que você faça terapia e tome DIARIAMENTE esse remédio - Ele escreveu no papel e entregou para Ulysses - Se quiser continuar vivendo.

O médico liberou Ulysses, mas eles demorou para sair da cama ficando alguns minutos a sós com Thiago:
- Por quê você não me contou? - Thiago sentou ao lado do garoto enquanto ele trocava de roupas.

- Eu não achei que fosse... Sério - Ulysses respirou fundo - Você já tava com seus problemas e...

- E meus problemas acabaram com você. Eu fiz isso, eu to acabando contigo e...

- Thiago para com isso - Ulysses segurou a mão do garoto - Se eu tiver que listar as pessoaa que me machucam, você NUNCA, em nenhum universo, vai estar nesta lista. Você literalmente so me ajudou até hoje. E eu te amo. Nunca mais fala isso, okay?! A gente vai dar um jeito nisso.

Do lado de fora, Pam havia ido atrás de Eliza que saiu no meio da consulta.
- Ele tá bem? - Eliza perguntou sem olhar para Pam.

- Vai ficar.

- Que bom.

- O quê aconteceu lá dentro...

- Percebe que se fosse alguma dst nós estaríamos na mesma situação né?!

- Mas não foi.

- Mas a gente poderia, Pam e tudo por quê você não se contenta com uma única pessoa.

-... O quê?! - Pam não acreditava no que estava ouvindo.

- Não se finja de desentendida agora.

- Não, não, eu entendi muito bem - Pam disse - Que dizer que enquanto eu me relacionava com você, era assim que você me via, como a vadia que não se contenta com ninguém né?!

- Não foi isso que...

- Sabe de uma coisa, Eliza?! Eu não sabia se esse término realmente era importante, talvez servisse para a gente evoluir, mas agora eu entendi que ele serviu justamente para eu ver com quem eu estava me relacionando.

- Eliza...

- Uma garota machista possessiva que usa suas inseguranças como desculpas para seus defeitos.

- VAI SE FUDER, PAM!

Quando a discussão finalmente explodiu, uma ambulância as interrompeu com vários médicos descendo e passando entre elas com um cara na maca todo ensanguentado. Primeiro elas se afastaram e deram um tempo na discussão para deixa-los passar, mas ao ver Bruno 1 acompanhando ps médicos com um corte cabeça, elas não puderam voltar a discutir:
- Bruno?! - Pam foi atrás do amigo.

- Pam - Ele abraçou a amiga em prantos.

- O quê aconteceu?!

- A gente tava no quarto curtindo e bebendo - Bruno 1 dizia em lágrimas - Tava tudo de boa - Quando fomos sair pra comprae bebida.

- O quê houve?! - Thiago e Ulysses se aproximaram com o movimento.

- Quando a gente voltou eles tavam na porta do hotel. Eram uns 5, Pam - Ele sentou no chão sem perspectiva - Bateram tanto nele e eu não consegui fazer nada. Nada. Me derrubaram só com um soco.

- Meu Deus, Bruno.

- Bruno tentou fazer alguma coisa, tentou de verdade. Mas eram 5 contra 1 - Nesse ponto da história Bruno 1 só murmurava - E então eles puxaram as garrafas e... Aconteceu.

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