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| Hello, Bitches♥ |
Não foi nem um, nem dois avisos. Foram vários avisos vindo de Pam, Thiago e Bruno sobre como voltar com ex era um perigo: Você volta com a pessoa achando que tá voltando com aquele cara que você conheceu a 3 anos atrás, quando na verdade você só tá se engando achando que tudo será como era antes. Não será. Alem da enorme carga emocional que vocês agora tem por conta do passado, ainda tem o peso do término, que neste caso estava com Ulysses que naquele exato momento estava lá, em frente a sua sala de aula esperando o último segundo para entrar:
– Nervoso?! – Natty se aproximou do "amigo".
– Um pouco – Ele engoliu seco – E se eu não for bom?! A última vez que eu dei aula foi quando eu tava no ensino médio e foram para 5 crianças na minha casa, eu não sei se eu consigo, acho melhor eu...
– Ei! Respira, okay?! – Ela segurou seus ombros.
– O-okay...
– Certas coisas a gente só sabe experimentando né?! – Ela sorriu – Mesmo que não tivesse dado certo naquela hora, pode ser que agora dê.
– ...
– Você vai se sair bem – Ela saiu andando – Te vejo depois, tá? Bye.
Para quem já estava confuso antes, ficou mais confuso agora. Natty estava falando realmente apenas sobre dar aula ou sobre... eles?!
Tão confuso, quanto Ulysses, Eliza também não conseguia mais raciocinar, não apenas sobre Pam, mas também sobre a faculdade, ela enfim tava prestes a se formar e ainda não sabia o que fazer com a sua vida. Tudo estava caminhando como deveria, mas ainda assim, a vontade de ir para aula diminuía cada vez menos e até sua mãe percebia.
– Não vai pra aula hoje?!
– Ah, não, ainda tenho umas coisas pra resolver aqui, sabe?! Arrumar o que eu tenho que levar e tals
– Eliza, eu preciso lembrar quem foi que te pariu?!
– ...
– Você inventou essa história de lésbica, eu aceitou, cortou esse cabelo curto e aceitei, agora você nem tá mais indo pra faculdade.
– Mãe...
– E tudo bem também.
– ...quê?!
– Não quer ir pra aula?! Não vai. Mas também não vou ficar parado vendo VOCÊ ficar parada.
– ... – Eliza já não tinha mais certeza sobre o que era aquela conversa.
– Você precisa dar um rumo pra tua vida
– Eu... eu sei.
– Seja o que for, eu vou aceitar, okay?! Mas preciso ser logo, pra eu saber exatamente como lidar com isso – a Mãe de Eliza se levantou e foi saindo.
– Mãe – Eliza correu para abraça-la – Obrigada.
Com o passar do tempo, as coisas realmente foram se ajeitando, não do jeito que eles esperavam acontecer, mas do jeito que eles queriam: Ulysses foi realmente bem recebido pelos alunos e é claro que pra toda dúvida, Natty estava lá para ajuda-lo; Eliza decidiu não largar a faculdade, afinal, faltava praticamente "só" o tcc, desistir naquele momento para ela seria humilhante, então ela decidiu tomar uma decisão que iria mudar para sempre ela e principalmente: Pam; e o encontro de Thiago finalmente rolou:
– Tenho que confessar, foi divertido – Thiago riu enquanto os dois saiam do karaokê.
– Tá querendo dizer que RIU da minha perfomance, Sr. Thiago?! – Nunes o empurrou contra uma árvore.
– Entenda como quiser, Sr. Nunes
Thiago colocou a mão no pescoço de Nunes e em uma troca de olhares, ele aceitou o beijo que um dia havia recusado.
Enquanto isso, um dia enquanto saia com Natty, Ulysses resolveu tomar a mesma coragem que Nunes tomou com Thiago e durante uma festa barulhenta com as luzes cegamentes piscando, Ulysses puxou Natty contra seu corpo e em uma troca d eolhares avisou o que iria fazer e ela por alguns instantes permitiu e os dois se beijaram... por poco tempo até Natty sair correndo da festa
– Natty – Ele correu atrás dela – O que foi ?!
– Eu só... não tava esperando... que dizer... tava... eu só... não tava.
– O que?!
– Eu preciso ir okay?!
Natty rapidamente entrou em um taxi e se mandou, deixando Ulysses com uma única dúvida: O que foi que havia acontecido de tão sério para ela ter preferido a pagar mais caro no táxi do que pegar uma carona com ele? O beijo foi realmente ão de surpresa assim? Todo mundo havia notado que ele ia acontecer, como...
– Ulysses?!
– ... – Ele reconhecia aquela voz em qualquer lugar – Oi, Eric.
– Sua amiga tava bem?!
– Sim, ela tava bem – Ulysses se virou para ir embora.
– Espera – Eric segurou o rapaz pela mão fazendo a temperatura do garoto cair na mesma hora – Eu posso falar contigo rapidamente?!
– Eu preciso...
– Desde quando eu te reencontrei eu não consigo parar de pensar em você.
– ...
– É estranho, a gente se conheceu tão novo, a gente foi feliz não foi?! Eu achava que sim – Eric respirou fundo – As vezes eu me pergunto se você ainda pensa nisso.. se você sente o mesmo que eu... sinto.
Ulysses congelou. Não sabia o que dizer. Mas sabia o que queria dizer:
– O mesmo? O MESMO?! NÃO, EU NÃO SINTO O MESMO. Você me traiu, me manipulou, contava mentiras para fazer o que queria, para fazer EU fazer o que VOCÊ queria. E AINDA POR CIMA JOGAVA A CULPA EM MIM. E agora você tá aí, formado e bem sucedido. E eu... eu nem consegui voltar pra escola. Eu mal conseguia pisar nela, eu desisti de ser professor na época por que cada detalhe do ensino médio me lembrava você. EU DISPENSEI A NATTY POR VOCÊ. E agora tu chega perguntando se nossos sentimentos são os mesmo?!
Mas não foi o que ele disse. Tudo o que ele disse foi:
– Eu preciso ir.
Sem nem pensar, Ulysses subiu na sua moto e saiu de lá o mais rápido que conseguia. Ele não podia acreditar nisso. Depois de ANOS Eric ainda conseguia o deixar nervoso, inseguro e com medo. Seu coração estava acelerado, se não de amor, de ódio. Eric despertava seus desejos mais profundos, desejos esses que incluíam agressão, homicídio e suicídio. Naquele momento ele queria morrer, mas acima de tudo queria matar.
– Mas já que matar não tá permitido, vamos partir pro plano B – Ele dizia para si mesmo.

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