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| Hello, Bitches❤ |
Atenção: Esse capítulo em especial será narrado por Sarah Collins, mas a maioria dos capítulos são narrados em terceira pessoa, quando essa mudança ocorrer, eu avisarei. Curtam o 1° capítulo de "Explosion Of Feelings".
Olá, meu nome é Sara, Sarah Seth Collins, eu tenho 16 anos e nesse exato momento estou a caminho da França. Sim, França, País da moda. Eu não sou o tipo de pessoa que liga para aparência, ao menos não era.
Vocês provavelmente devem estar se perguntando o motivo de tudo isso, afinal, vocês nunca devem ter ouvido falar de mim e eu não os culpo, eu sempre fui meio... Invisível. Eu era aquela que nem chegava a sofrer bullying por que os valentões se esqueciam da minha existência. Eu até tinha uns amigos, John, Monique, Caio... Contudo, quando eu percebi que era deixada de lado até por eles, eu não podia mais fingir que isso não tava acontecendo. Estava. Ao poucos eu ia desaparecendo entre eles. Eu até aturava, achava que era normal se sentir assim as vezes, porém se eu sumisse, como geralmente acontecia, eles nem percebiam. E tudo bem, eu só não podia mais deixar isso me abalar. É exatamente por isso que eu decidir que precisava recomeçar em outro lugar, um lugar longe de tudo, então tomei coragem e fui falar com a minha Tia. Ela não gostou no começo, mas entendeu:
- Mas... Provença, Sarah?! A gente tá tão bem aqui.
- Não, a gente não tá - Respirei cansada - Você tá bem, mas eu... Eu to péssima.
- Sarah, mas.. A sua vida toda tá aqui.
- Tia, eu não tenho vida aqui.
Foi meio dramático?! Sim, mas necessário.Tia Agatha era atriz, só conseguia acreditar na verdade, se ela fosse uma verdade extremamente exagerada. Ela me ensinou tudo o que eu sei: Dança, teatro, canto, teclado... Mas principalmente canto. Só que como um adulto responsável ela é uma ótima atriz. Mesmo que eu tenha que admitir que ela é bem esforçada, não deve ser fácil ter que cuidar de uma criança que... Bom, não deve ser fácil.
Porém, aqui estou eu, em Provença, preste a conhecer minha nova moradia.
- É o apê que eu morava quando trabalhei nos teatros da cidade - Ela disse sorrindo.
- É perfeito, Tia Agatha.
- Sim, eu também achava... Mas hoje eu tenho uma mansão, então dane-se - Ela deu uma risada maléfica típica daquelas peruas ricaças.
- Ai, Tia... Vou sentir saudades - Eu a abracei.
- Tem certeza que consegue viver sozinha aqui?!
- Tenho, eu sei cozinhar o básico e consigo dividir a mesada pras contas, relaxa - Joguei as malas no chão e me joguei no sofá velho de zebra fazendo a poeira subir - Eu... vou - cof cof - ser... Muito feliz aqui.
- Okay, agora eu preciso voltar pra Inglaterra - Agatha olhou para seu relógio - Lembre-se, suas aulas começam às 8h.
- Já são 9h
- Minha querida, deixa eu te explicar uma coisa sobre ricos: Eles continuam ricos justamente por que não gastam dinheiro a toa. Se tinha passagem mais barata, por que eu iria gastar em uma mais cara?!
- Uhum, então as escalas em Brasil, NY, Orlando, Tokio, Havaí e Korea foi pra economizar né?!
- Vai pra escola - Ela me deu minha mochila, seu último presente antes de ir - Eu vou pro Aeroporto - Colocou seus óculos de sol e saiu.
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Caminhei um pouco até a escola, era apenas algumas quadras de distância e eu finalmente estava em frente a BitterSweet College, A América na Europa e a Europa na América. BitterSweet era uma rede de colégios espalhados por toda América e Europa, a dona era uma tal de Stephánia, nome estranho, eu sei, mas era uma das mulheres mais poderosas do ano de 2012 segundo as notícias e o BitterSweet de Provença foi o 1° da sua rede de colégios, portanto, o mais famoso. E lá estava eu, frente a ele, pronta para entrar.
- Sarah - Ao menos estava pronta, quando uma voz familiar me parou e me fez virar em sua direção assustada - A gente pode conversar?
- Monique?! - Como ela havia vindo parar aqui e por que ela ainda veio com...
- E Patrícia! - Com ela...
Monique e Patrícia, ex-arqui inimigas e atuais "mapo"(Melhores Amigas Por Obrigação), eram partes do meu antigo grupo de "amigos".
Patrícia Albuquerque tinha sangue real correndo na veia e o padrão Europeu estampado na sua forma física: Alta, 1,79, quase uma modelo; Longos cabelos loiros, tão dourados quanto suas barras de ouro; Olhos verdes escuros que brilhavam tanto quanto suas esmeraldas, pele nem escura e nem clara, mas com um bronze de dar inveja a qualquer surfista. Na maior parte do tempo era boba e inocente (Para não dizer "burra", palavra que ela detestava por sinal, mas pensando bem, ninguém gosta), ela parecia uma patricinha mimada, mas não era apenas por ser rica, mas sim por literalmente ser uma princesa: Paty vinha de uma família da realeza, donos de Ingla, um sub reino próximo de Inglaterra que atualmente estava sob os cuidados de sua bisavó .
E a outra garota, a morena, bom... Monique Hausenback... Como posso descrever Monique Hausenback?!
1, 65 de altura, cabelos castanhos que estavam sempre na chapinha, olhos roxos quase negros, mas que contra luz emanavam magia. Pele branca, mas não pálida como a minha, um branco normal. Monique se vestia como uma garota normal, não muito patricinha, mas longe de ser desleixada. Ela era a protagonista do nosso grupo, uma verdadeira líder. Ela e Paty costumavam brigar por John, mas ele escolheu Moni, o que durou até ele traí-la com outro qualquer. Isso sempre acontecia com frequência, que, óbvio, a deixava bem mal.
- Quando soubemos que você tava vindo para Provença, estudar em um novo Colégio, nós tinhamos que vim com você - Moni disse segurando minha mão.
- Eu só não queria ficar sozinha com a Priscila mesmo - Paty disse.
- Tem certeza que não tá aqui por que o John te trocou?! - Eu perguntei olhando dentro dos olhos de Moni.
- Claro que não, brigar por aquele babaca ficou tão fora de moda depois que ele começou a sair com a Monique - Paty disse rindo.
- Eu falei com a Monique...
- Ah, Sarah, é claro que ficar perto dele me machucava, mas eu vim por você, por que somos amigas .
"Claro, somos amigas, e é por isso que eu me sentia mal sempre que vocês se esqueciam de me chamar pros rolês e quando eu aparecia de surpresa vocês me ignoravam. Nós com certezas somos muito amigas." Eu queria muito ter dito isso pra ela, mas tudo que eu consegui dizer foi "Que bom"
- Eu vou acabar perdendo o 1° dia de aula - Bufei.
- Relaxa, da tempo de chegar pro intervalo - Paty puxou nós duas - Ah, é, esquecemos de falar: Nós vamos estudar com você 😀
Não me levem a mal, não é que eu não goste da Monique e sei que ela não faz por mal, mas por experiência própria posso dizer que com ela por perto, as coisas mais uma vez se tratarão dela e eu queria que pelo menos dessa eu não me sentisse figurante da minha própria história.
- É aqui - Paty parou na frente de uma porta cinzs escrito grêmio.
- Como tu sabe que temos que ir aí? - Monique olhou para Paty e depois para mim.
- Por que por essa janela de vidro, posso ver um loiro gato de gravata - Ela sorriu - Pode não ser o caminho pra vocês, mas será o meu.
Paty entrou no grêmio como se estivesse entrando em um desfile, ela sabia chamar atenção.
- Oi - Ela se aproximou do loiro - Meu nome é Patrícia Albuquerque e essas são minhas... Bem, nos perdemos e não sabemos aonde é a nossa sala, poderia nos ajudar?
- Eu... Eu... - Ele não conseguia falar nada, estava encantado, ou melhor, ENFEITIÇADO por Patrícia. Ele nem conseguia se mexer por uns segundos e demorou para montar um frase completa - Eu sou o presidente de Turma.
- Então, Sr. Presidente, como se chama?!
- ....Neil - Ele conseguiu recobrar sua consciência - Neil Esme, muito prazer - Ele apertou a mão de Paty.
- O prazer é nosso, mas pode ser seu também.
Neil Esme tinha mais ou menos o mesmo tamanho de Paty, então deveria ter 1,78 também. Ele tinha cabelos encaracolados, seus olhos eram dourados assim como seu cabelo, sua pele era bronzeada, mas mais clara que Paty, pois ela claramente não era muito de sair, contudo, ele parecia perfeito pra Paty, se não fosse o fato dele ser provavelmente mais esforçado nos estudos (Paty, se estiver lendo isso, saiba que não acho que você seja burra nos estudos, só acho que você tem outras preocupações e prioridades).
- Vocês tão na minha sala - Ele olhava uns papéis - Sala A: É logo ali na frente - Ele apontou pra sala do outro lado do corredor.
- Então vamos nos ver mais?
- Vamos sim.
- Que bom - Ela sorriu passando a mão no cabelo - Vamos meninas.
Enquanto saíamos do grêmio como um trio, acabamos cruzando caminho com outro grupo de meninas: Uma loira de cabelos bem ondulados, uma latina de rabo de cavalo e uma asiática.
- Parace que o BitterSweet College tem seu trio de Mean Girls - Moni riu me cutucando.
- Não por muito tempo - Paty disse.
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No intervalo, eu achei que íamos sentar nós três, sabe?! Para não ficarmos sozinhas. Mas aquela saudade toda que a Monique tava sentindo passou rapidamente, já que ela já tinha sumido enquanto Paty sentava na mesa junto com Neil. Foi quando chegou um sms da morena:
"Nem conversamos direito no café . Me encontra ao final da aula lá. -Moni"
Meio cara de pau me deixar sozinha e depois marcar um encontro não acham?! Mas fazer o quê.
O dia nem havia acabado e já estava sozinha, em pé, com uma bandeja na mão. Respirei fundo e sair do refeitório tentando não derrubar a bandeira. Queria me enfiar em um buraco e felizmente, quando abaixei a cabeça achei um: Havia uma pequena porta em baixo da escadaria que me levaria ao porão da escola, parecia um lugar perfeito, mas assim que comecei a descer a escada vi que alguém já havia tido essa ideia. Havia um garoto lá, cantando, ele era bem alto, com certeza teve que se abaixar para passar pela porta, ele tinha um longo cabelo branco preso em rabo de cavalo e uma roupa bem exótica: Um casaco preto que cobria até seus joelhos deixando aparecer apenas suas botas de couro e suas luvas de meia arrastão. Mas apesar do visual grotesco, nunca tinha ouvido uma voz tão doce, principalmente cantando um dos meus duetos favoritos.
Rapaz Misterioso :
Você trabalhava de garçonete num barzinho
Quando te conheci
Eu te escolhi, te joguei pra cima, e te transformei
Te transformei em uma nova pessoa
Não, você não me quer?
Você sabe que não acredito quando ouço que você não irá me ver
Não, você não me quer?
Você sabe que não acredito quando diz que não precisa de mim
É tarde demais para descobrir.
Você acha que mudou de opinião
Seria melhor mudá-la de volta.
Ou ambos ficaremos magoados
Sara & Rapaz Misterioso :
Você não me quer baby
Você não me quer, oh
Você não me quer baby
Você não me quer, oh
Sim, eu havia interrompido um garoto que tinha o visual de um assassino.
- Oh. - Ele virou surpreso.
- Me desculpe, eu não quis, eu... Eu to indo - Que vergonha, Sara.
- Não, por favor, fique - Ele disse me fazendo parar na escadaria.
- Eu não queria te interromper. - Já fui me justificando com medo de que ele fizesse qualquer coisa.
- Você tem a voz linda - Eu fiquei surpresa. Confesso.
- O-obrigada. - Ele foi tão gentil que chegou a incomodar, sua voz parecia de alguém tão frágil e sua aparência de alguém tão... Forte.
- Continue.
- Continuar?!
- Eu estava trabalhando como garçonete...
Sara:
Eu estava trabalhando como garçonete num barzinho
Até aí é verdade
Mas mesmo assim eu sabia que encontraria um lugar muito melhor
Com ou sem você
Sara & Rapaz misterioso :
Não, você não me quer?
Você sabe que não acredito quando ouço que você não irá me ver
Não, você não me quer?
Você sabe que não acredito quando você diz que não precisa de mim
É tarde demais para descobrir.
Você acha que mudou de opinião
Seria melhor mudá-la de volta.
Ou ambos ficaremos magoados
Você não me quer baby
Você não me quer, oh
Você não me quer baby
Você não me quer, oh
- Você tem uma voz linda - O garoto de cabelos prateados disse.
- Obrigada...
- Já pensou em entrar para o clube de música?
- É... Não, eu nem sabia sobre esses clubes - Eu realmente não sabia. Eles devem ter dito isso antes da 1° aula e acabei perdendo com o atraso.
- Você deveria tentar, seria uma boa adição ao clube - Ele apertou minha mão - Qual o seu nome?
- Sara... Sarah Collins.
- É um prazer conhece-la - Ele se curvou para beijar minha mão - Sou Raphael, Raphael Sinclair II
- É um belo nome - Disse constrangida
Raphael era extremamente gentil. Eu realmente não tava esperando encontrar alguém assim, ele parecia ter nascido na realeza e ter tido aulas de etiqueta a vida toda, mas não era nada disso, ele só nasceu assim. E era tão bonito.
Porém, logo nossa conversa foi interrompida pelo sinal nos informando o fim do intervalo.
- Bom, eu tenho que ir - Ele sorriu e subiu as escadas do porão - Até mais, Sarah.
- Até.
Quando você se muda para um lugar novo sempre tem algum momento que vai definir como vai ser tua vida apartir daquele ponto. Eu gostaria de dizer que o meu momento foi aquele encontro com Raphael ou minha audição para o clube de música, mas não foi nenhum desses. O momento que definiria minha nova vida ainda não ia acontecer naquele dia, mas não estava tão longe assim, pois ao por do sol, quando as aulas chegaram ao fim e eu ia ao encontro das meninas eu acabei cruzando meu caminho com ele: 1,75 de altura, branco, pinta de roqueiro, cabelos pretos "undercut" tingido de vermelho bem vivo, esse era Cassy. Eu sei que esse era o nome dele, pois ouvi aquela Loira junta das duas amigas o chamando. Ele não era tão bonito, não era exatamente forte, apenas cheio, mas quando eu passei por ele e nossos olhos se cruzaram eu tive certeza de que eu ainda conheceria a história dele profundamente e ele a minha. Não tem como explicar, você simplesmente sente quando tua vida está prestes a mudar.
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Ao final da noite, lá estava eu com Monique e Patrícia decidindo o que elas queriam cantar no Coffeokê.
- Eae, Moni - Eu olhei para seus olhos roxos - Percebi que você sumiu no intervalo.
- Ah, eu acabei discutindo com um garoto aí - Ela revirou os olhos, mas seu sorriso mostrava outro sentimento.
- Garoto, é?! - Paty riu - Tava é discutindo com a Angel que eu sei.
- Quem é Angel?! - Perguntei confusa com os nomes.
- É aquela loira, Angel Esme, irmã do Neil Esme, ela anda com JiA e CeCe, namora o Raphael Sinclair mas vive atrás do Cassy Howar, melhor amigo do seu namorado.
- É só o 1° Dia e perdemos metade das aulas - Eu disse indignada - Como você já sabe tanto sobre os alunos?
- Amiga, ser alta, loira e bonita automaticamente te torna popular e ser popular faz você saber tudo de todos.
- Você me dá medo - Moni encarava Paty assustada.
- Aham, e você não tá de olho em ninguém naquela escola né - Patrícia a olhou com um sorriso malicioso.
- Quem?! - Olhei para Moni surpresa.
- NINGUÉM - Ela bateu na mesa - Não foi por isso que te chamei aqui.
Moni segurou minha mão e respirou fundo antes de dizer qualquer coisa, parecia que ela estava tentando organizar suas palavras. E estava.
- Eu sei que você se sentia invisível perto da gente e eu devia ter percebido isso desde a Inglaterra, mas eu não percebi, acho que estava ocupada demais focando em... Outras coisas - Ela olhou para Patrícia - Mas se você está aqui para recomeçar, eu te apoio, afinal, você é minha amiga e eu te dou a maior força.
- Moni....
- Se você quiser que eu vá embora, eu vou, mas antes de eu ir, eu preciso ouvir da sua boca, que você me desculpa por ser uma péssima amiga.
- Monique - Eu a abracei - Me desculpa você, eu não queria que você se sentisse mal e nem quero que você vá embora.
- Sério?! - Moni sorriu para mim.
- Sério?! - Paty parecia confusa.
- Sério - Eu me levantei da mesa - Inclusive, eu quero que vocês venham pro meu apê.
- Pro seu apê?!
- Sim, teu dois quartos, dar muito bem para nós 3 morarmos lá - Eu segurei a mão das duas - Todos os adolescentes não sonham em morar com seus amigos?! Pois nós vamos realizar.
- Okay, a cama maior é minha - Paty tentou correr, mas nós a seguramos, uma de cada lado.
- Aonde você pensa que vai?
- Pegar um quarto só pra mim?!
- Nada disso, além dessa conversa, também viemos aqui para uma apresentação, um karaokê como nos velhos tempo - Moni deu um microfone para Paty e virou para mim - E acho que só tem uma ruiva para nos liderar em Lady Magdalene
- Não precisa pedir duas vezes.
Peguei um microfone da mão da Moni e subimos ao palco. E assim começou nosso musical. Com Lady Magdalene.

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