domingo, 18 de agosto de 2019

#QuaseLá|Capítulo08

Hello, Bitches♥

Não foi nem um, nem dois avisos. Foram vários avisos vindo de Pam, Thiago e Bruno sobre como voltar com ex era um perigo: Você volta com a pessoa achando que tá voltando com aquele cara que você conheceu a 3 anos atrás, quando na verdade você só tá se engando achando que tudo será como era antes. Não será. Alem da enorme carga emocional que vocês agora tem por conta do passado, ainda tem o peso do término, que neste caso estava com Ulysses que naquele exato momento estava lá, em frente a sua sala de aula esperando o último segundo para entrar:

– Nervoso?! – Natty se aproximou do "amigo".
– Um pouco – Ele engoliu seco – E se eu não for bom?! A última vez que eu dei aula foi quando eu tava no ensino médio e foram para 5 crianças na minha casa, eu não sei se eu consigo, acho melhor eu...
– Ei! Respira, okay?! – Ela segurou seus ombros.
– O-okay...
– Certas coisas a gente só sabe experimentando né?! – Ela sorriu – Mesmo que não tivesse dado certo naquela hora, pode ser que agora dê.
– ...
– Você vai se sair bem – Ela saiu andando – Te vejo depois, tá? Bye.
Para quem já estava confuso antes, ficou mais confuso agora. Natty estava falando realmente apenas sobre dar aula ou sobre... eles?!
Tão confuso, quanto Ulysses, Eliza também não conseguia mais raciocinar, não apenas sobre Pam, mas também sobre a faculdade, ela enfim tava prestes a se formar e ainda não sabia o que fazer com a sua vida. Tudo estava caminhando como deveria, mas ainda assim, a vontade de ir para aula diminuía cada vez menos e até sua mãe percebia.
– Não vai pra aula hoje?!
– Ah, não, ainda tenho umas coisas pra resolver aqui, sabe?! Arrumar o que eu tenho que levar e tals
– Eliza, eu preciso lembrar quem foi que te pariu?!
– ...
– Você inventou essa história de lésbica, eu aceitou, cortou esse cabelo curto e aceitei, agora você nem tá mais indo pra faculdade.
– Mãe...
– E tudo bem também.
– ...quê?!
– Não quer ir pra aula?! Não vai. Mas também não vou ficar parado vendo VOCÊ ficar parada.
– ... – Eliza já não tinha mais certeza sobre o que era aquela conversa.
– Você precisa dar um rumo pra tua vida
– Eu... eu sei.
– Seja o que for, eu vou aceitar, okay?! Mas preciso ser logo, pra eu saber exatamente como lidar com isso – a Mãe de Eliza se levantou e foi saindo.
– Mãe – Eliza correu para abraça-la – Obrigada.
Com o passar do tempo, as coisas realmente foram se ajeitando, não do jeito que eles esperavam acontecer, mas do jeito que eles queriam: Ulysses foi realmente bem recebido pelos alunos e é claro que pra toda dúvida, Natty estava lá para ajuda-lo; Eliza decidiu não largar a faculdade, afinal, faltava praticamente "só" o tcc, desistir naquele momento para ela seria humilhante, então ela decidiu tomar uma decisão que iria mudar para sempre ela e principalmente: Pam; e o encontro de Thiago finalmente rolou:
 – Tenho que confessar, foi divertido – Thiago riu enquanto os dois saiam do karaokê.
– Tá querendo dizer que RIU da minha perfomance, Sr. Thiago?! – Nunes o empurrou contra uma árvore.
– Entenda como quiser, Sr. Nunes
Thiago colocou a mão no pescoço de Nunes e em uma troca de olhares, ele aceitou o beijo que um dia havia recusado.
Enquanto isso, um dia enquanto saia com Natty, Ulysses resolveu tomar a mesma coragem que Nunes tomou com Thiago e durante uma festa barulhenta com as luzes cegamentes piscando, Ulysses puxou Natty contra seu corpo e em uma troca d eolhares avisou o que iria fazer e ela por alguns instantes permitiu e os dois se beijaram... por poco tempo até Natty sair correndo da festa
– Natty – Ele correu atrás dela – O que foi ?!
– Eu só... não tava esperando... que dizer... tava... eu só... não tava.
– O que?!
– Eu preciso ir okay?!
Natty rapidamente entrou em um taxi e se mandou, deixando Ulysses com uma única dúvida: O que foi que havia acontecido de tão sério para ela ter preferido a pagar mais caro no táxi do que pegar uma carona com ele? O beijo foi realmente ão de surpresa assim? Todo mundo havia notado que ele ia acontecer, como...
– Ulysses?!
– ... – Ele reconhecia aquela voz em qualquer lugar – Oi, Eric.
– Sua amiga tava bem?!
– Sim, ela tava bem – Ulysses se virou para ir embora.
– Espera – Eric segurou o rapaz pela mão fazendo a temperatura do garoto cair na mesma hora – Eu posso falar contigo rapidamente?!
– Eu preciso...
– Desde quando eu te reencontrei eu não consigo parar de pensar em você.
– ...
– É estranho, a gente se conheceu tão novo, a gente foi feliz não foi?! Eu achava que sim – Eric respirou fundo – As vezes eu me pergunto se você ainda pensa nisso.. se você sente o mesmo que eu... sinto.
Ulysses congelou. Não sabia o que dizer. Mas sabia o que queria dizer:
– O mesmo? O MESMO?! NÃO, EU NÃO SINTO O MESMO. Você me traiu, me manipulou, contava mentiras para fazer o que queria, para fazer EU fazer o que VOCÊ queria. E AINDA POR CIMA JOGAVA A CULPA EM MIM. E agora você tá aí, formado e bem sucedido. E eu... eu nem consegui voltar pra escola. Eu mal conseguia pisar nela, eu desisti de ser professor na época por que cada detalhe do ensino médio me lembrava você. EU DISPENSEI A NATTY POR VOCÊ. E agora tu chega perguntando se nossos sentimentos são os mesmo?!
Mas não foi o que ele disse. Tudo o que ele disse foi:
– Eu preciso ir.
Sem nem pensar, Ulysses subiu na sua moto e saiu de lá o mais rápido que conseguia. Ele não podia acreditar nisso. Depois de ANOS  Eric ainda conseguia o deixar nervoso, inseguro e com medo. Seu coração estava acelerado, se não de amor, de ódio. Eric despertava seus desejos mais profundos, desejos esses que incluíam agressão, homicídio e suicídio. Naquele momento ele queria morrer, mas acima de tudo queria matar.
– Mas já que matar não tá permitido, vamos partir pro plano B – Ele dizia para si mesmo.

quarta-feira, 14 de agosto de 2019

#QuaseLá|Capítulo07

Hello, Bitches ♥
Sejamos sinceros: Encontrar um ex já não é uma tarefa tão fácil. É aquela pessoa que você jurava que ia ficar para sempre, que te fez muito feliz antes de te fazer muito triste. Você conhecia 100% e ela era tudo para você e agora ela é um completo desconhecido. E ainda assim, lá estava Ulysses, sentando em uma lanchonete com a ex que ele trombou enquanto fugia de outro ex:
– Tem certeza que não quer ir no medico?! – Ulysses perguntava enquanto Natty trazia dois cafés
– Tudo bem, foi só o susto – Ela se sentou a sua frente – Se quer saber minha opinião você tá parecendo bem pior.
– Nossa, valeu
– NÃO, não assim – Ela riu sem graça – É que você tava com uma cara de quem... não tava bem.
– É... não tô muito bem mesmo.
– O que houve?!
– Nada, eu... acabei de ser demitido.
– Eu sinto muito
– Tudo bem, não era o emprego dos meus sonhos...
– Sabe, eu vim pra Belém trabalhar em um colégio... como professora
– Que bom. A faculdade tá fazendo efeito então.
– É uma escola particular, nova, eles tão desesperados procurando professores – Ela sorriu – Você entendia um pouco de redação né?!
...
Enquanto isso, Thiago ainda estava parada em frente ao escritório, preso na chuva.
– Quer carona?! – Nunes parou do lado dele abrindo a porta do carro.
– Não precisa – Thiago puxou seu celular – Só tô esperando o sinal voltar para eu pedir um carro.
– Entra logo, eu gosto de ajudar.
– ... – Thiago pensou em recusar mais uma vez, mas a chuva só piorava, ele não ia sair de lá tão cedo. Então entrou. – Obrigado.
Durante a viagem, não havia muito assunto, apenas umas piadas do tipo "Quer dizer que o filho do chefe tem escritório, mas não tem carro?!" e "Pelo menos o escritório eu tenho né". Mas principalmente o que rolava eram os olhares pelo retrovisor. Nunes olhava o pescoço de Thiago. Thiago olhava a boca de Nunes. E os dois ficavam fingindo não estar se olhando quando eles sabiam que estavam se olhando. Era um jogo idiota. Sexualmente idiota.
– Mais uma vez... obrigado pela carona.
– Eu gosto de ajudar.
Eles se encararam por um tempo, até Nunes finalmente tomar a iniciativa e beijar Thiago.Que recusou.
– Me desculpa, é que...
– Não, tudo bem, você é meu chefe praticamente.
– Não, não é nem isso, é que...
– Você me acha feio?!
– Nunes, tu é muito gostoso, mas...
– É o Ulysses?!
– ...
– Eu achei que você tinha me dito que eram só amigos.
– E somos, é que...
– É complicado – Nunes terminou a frase de Thiago – Tudo bem.
– Obrigado...
– A gente pode sair essa semana?!
– Mas eu acabei de...
– Só como amigos – Nunes sorriu com o canto da boca. Sim. Aquele sorriso.
– Pode ser – Thiago sorriu – Até.
Enquanto Thiago subia as escadas podia ouvir a conversa de Pam e Bruno nas escadas:
– Foi muito estranho, Bruno. Durante muito tempo eu fiquei me perguntando como é que ela tava e de repente eu estava lá, frente a frente com a minha ex. E ao mesmo tempo que foi um "Nossa, tinha me esquecido como a gente era parecida" foi também um "Nossa, ela parece outra pessoa", entende?! – Ela falava tão rápido que era difícil entender.
– Uhum – Bruno só concordava.
– Como é que a gente sabe que tá pronto para seguir em frente?!
– Se souberem, por favor, me falem, tô precisando saber disso também – Thiago chegou sentando com eles.
– Ah, que bom, vocês todos estão aqui – Ulysses chegou feliz em encontrar todo reunidos – Vocês lembram da Natty?! O quê vocês achavam dela?!
– Ah, eu amava vocês juntos – Thiago lembrava da história dos dois.
– Eu shippava muito – Pam concordava.
– É mais um ex?! – Bruno tentava lembrar dela.
– Que bom que vocês, então, eu acabei de encontrar com ela e...
– AH, NÃO, ULYSSES, DE NOVO, NÃO!

terça-feira, 25 de junho de 2019

Explosion Of Feelings|Cinq:La preuve

Hello, Bitches <3

Os comentários entre os alunos eram cada vez mais altos: Quem era aquela garota? Cabelos curtos, top e mini saia que acompanhavam um sobre tudo com um par de botas grotescos. Todos da cor preta. Sarah Collins havia entrado para o grupo de alunos góticos do Colégio? Não segundo Patrícia:

- Lembra quando eu sugeri um makeover pra te deixar bonita e não puta?! - Patrícia foi a primeira a se aproximar da garota - Por que você fez justamente o contrário?

- Sempre Patrícia - Sarah soltou uma risada - Eu gostei do meu novo visual na verdade, mas obrigada pelo comentário não solicitado.

- Eu gostei - Raphael se aproximou arrastando Angel - Não sei se combina bem com você, mas eu não sou exatamente contra esse visual - Raphael sorriu ajeitando seu sobretudo que era idêntico ao da Sarah.
- Comparado aquela sua roupa de vovó, qualquer coisa é lucro, né?! - Angel disse com os braços cruzados.
- E Vocês? Não vão falar comigo mesmo?! - Sarah disse encarando Monique e Cassy que a observavam de longe, empalhados.
- C-Claro que sim - Monique disse segurando a mão de seu namorado com força - Como você tá?
- Eu to muito bem - Sarah disse enquanto eles se aproximavam - Me sinto uma nova pessoa.
- Que bom, né, Cassy? - Monique disse olhando para seu namorado que naquele momento estava mais pálido que o normal.
- ... - Cassy nem piscava. Seus olhos assustados brilhavam na direção da ruiva. Talvez fosse medo ou algo pior.
- Cassy - Monique o cutucou.
- Ah?! Sim - Ele engoliu seco -Você tá... Ótima.
- Obrigada.
- Então... Você desapareceu por mais de uma semana - Monique voltou seu olhar para a amiga- Ficou fazendo o quê?
- Treinando tiro ao alvo - Ela respondeu olhando diretamente para Cassy.
- ... - Que ficou claramente desconfortável.
- É brincadeira - Sarah riu sozinha, enquanto os outros apenas sorriam desconfortáveis - Eu fiquei passeando com Jean.
- Quem?! - Cassy perguntou confuso.
- Inclusive, já era pra ele... - Quando Sarah ia virar para trás procurar Jean, ele surgiu correndo com sua jardineira jeans e sua camisa florida. E claro, segurando sua boina na cabeça.
- Desculpa, eu tive que estacionar a caminhonete da escola. Vou ter que pagar uma multa desgraçada por ter levado ela assim - Ele disse enquanto descansava do sufoco.
- Ah, o pintor - Patrícia disse.
- Não, ele é o jardineiro - Angel corrigiu.
- Ele é aluno do último ano - Sarah disse colocando o braço ao redor de Jean.
- Sabia que tava sentindo falta de mais alguém - Raphael estendeu a mão para cumprimentar o colega de classe - Olá, Jean.
- Olá - Jean apertou a mão sorrindo. Simpático como sempre.
- Vocês estão... Juntos?! - Cassy olhou para os dois surpreso.
- Nós...

"Caros, Alunos Do BitterSweet College, aqui é a Diretora para informar que as datas das primeiras provas foram marcadas e vocês já podem conferir nos murais da escola" A voz da Srt.Skylar podia ser ouvida nos auto-falantes dos corredores, assustando e interrompendo Sarah antes que ela pudesse responder Cassy.

- Droga, odeio período de prova - Jean disse puxando Sarah para longe dos corredores.

- Por que? O quê houve?
E de repente um mar de gentes saiu das salas arrastando todos que estavam no caminho. Era sempre assim que anunciavam A Grande Prova, pessoas desesperadas para ver a data e estudar de última hora tudo que não estudaram até agora. Os clubes entravam em férias e a biblioteca virava uma confusão com alunos disputando livros. Era até mais confortável estudar no centro da cidade de NY do quê nas salas de BitterSweet.
Jean e Sarah aproveitaram a confusão para se afastar do grupo e se esconder nas estufas do Clube de Jardinagem.
- Você viu a cara deles?! - Sarah dizia tirando seu sobretudo e ficando só de top e saia - Eles não sabiam se prestavam atenção na gente ou as provas.
- É, você conseguiu chegar chegando - Ele tirou seu sobretudo do chão e colocou em uma cadeira - Como se sente?

- Renovada - Ela se sentou no chão relaxando de vez.
- Que bom... - Jean respondeu inseguro.
- Ei, o que foi?! - Sarah o olhava de baixo.
- Sarah, essa semana foi bem legal.
- Foi ótima.
- Sim... Mas não quero que você se sinta obrigada a ficar comigo só por que eu te ajudei
- Jean...
- Eu já falei que se for pra gente ficar só na amizade, tá tudo...
Antes que ele terminasse de falar, Sarah se levantou se agarrando ao pescoço de Jean e o beijando intensamente, fazendo aquele calor da estufar se tornar um mero raio de sol comparada a energia que eles emanavam.
- Jean, você não é meu prêmio de consolação - Ela disse - Eu GOSTO de ficar com você. NUNCA duvide disso.
- Eu também.
- Agora, sobre o que aconteceu semana passada... Sobre Cassy, o refeitório e você e eu... - Ela respirou fundo - Eu não consigo esquecer o que ele me fez... Não consigo.
- Eu sei - Ele acariciou seu rosto - Eu só não quero que você se perca.... Esse visual... É legal e entendo que você tá precisando disso agora, mas não deixa ele definir sua vida, okay?!
- Obrigada, Jean... De verdade, obrigada - Ela o abraçou fortemente.
Enquanto o novo casal da escola ficava em paz no clube de Jardinagem, os outros alunos se encontravam em volta do mural só para receber a notícia de que as provas iriam ocorrer em exatos 20 dias.

- Nervosa?! - Neil virou para a irmã.
- Claro que não - Angel mentiu - Vai ser fácil. Né, Rapha?!
- É... - Raphael olhou para o mural e saiu.
- O quê houve com ele?! - Patrícia se aproximou da amiga, curiosa.
- É sempre assim - Angel suspirou.

- O Raphael tem Dislexia, Patrícia - Neil explicou para a namorada - Ele sempre fica ruim quando chega esses períodos de provas.
- Dislexia é aquela doença que deixa a pessoa burra?
- A pessoa não fica burra - Angel disse - Ela só tem uma dificuldade a mais. E o Raphael se fecha, fica ainda mais difícil ajudar.
- Que droga - Patrícia suspirou - Mas e essa prova aí?! Como é?
- Temos uma prova com 100 questões antes das férias e mais uma com 100 questões antes do fim do ano.
Neil levou Patrícia para longe daquele tumulto e assim pode explicar melhor: As 100 questões eram divididas nas 4 principais áreas: Ciências Humanas, Biológicas,Exatas e Linguagens. Você não precisava acertar todas, óbvio, mas o esperado é que você erre apenas 40, sendo 10 de cada área. Portanto, você poderia ter errada apenas 20, mas se 15 foram de linguagens, você estava automaticamente de recuperação. E passaria as férias tendo que rever um resumo de tudo.
- Ótimo - Patrícia murmurava enquanto tomava sua Pink Lemonade - Eu to ferrada.
- Por que? Não se dá bem com provas?!
- Geralmente, não. E com esse sistema vou me ferrar mais ainda - Ela afundava na cadeira do Koffeokê.
- Eu te ajudo - Neil segurou a mão da namorada com um sorriso grande no rosto - Já me falaram que sou um bom professor.
- Engraçadinho - Ela sorriu. Odiava provas, mas amava passar um tempo com o loiro - Espero que você não tenha mais nenhuma aluna.
- Não preciso de mais nenhuma - Ele aproximou seu rosto do dela para tomar sua bebida com o canudinho compartilhado - Eu tenho você.

- Eu sou toda sua - Patrícia se aproximou com um sorriso em seus lábios rosados - Quando começa as aulas?!
- Agora - Neil puxou um livro de história da sua mochila, para tristeza da Patricinha.
Enquanto Ken e Barbie namoravam na lanchonete mais frequentada por qualquer aluno do clube de música, Cassy fez questão de deixar Monique na sua casa. E ela teria amado, se o assunto principal entre eles não fosse a volta de Sarah:
- Eu só to falando que foi estranho, sabe?! Eu nunca tinha visto ela com o Jardineiro, aí do nada eles começam a namorar e...
- Cassy, para! - Monique o segurou pela jaqueta.
- O quê foi?
- Por favor, me diz que você não tá gostando dela agora só por que ela seguiu em frente - Monique disse o encarando seriamente.
- Não, claro que não.
- Eu espero mesmo - Ela o soltou - Por que eu já tive muito namorado babaca, não to afim de ter mais outro.
- Ei, calma aí, eu só to...
Antes que eles pudessem terminar de discutir, Sarah e Jean desceram do apartamento rindo e abraçados, mas rapidamente ficaram sérios ao se deparar com Monique e Cassy discutindo.

- Foi mal, eu só tava indo embora - Jean disse vendo os dois emburrados.

- Tudo bem - Monique disse - Foi bom finalmente te conhecer.

- O prazer foi meu - Jean a cumprimentou e depois estendeu a mão para o badboy - Você também, Cassy.

- Sabe meu nome?!
- Não tem como não saber, né?! - Jean sorriu.
- O quê Você quer dizer com isso?! - Cassy começou a levantar seu tom.
- Cassy... - Monique disse.
- Eu preciso ir - Jeam riu - Tchau, Sarah.
- Tchau.
Sarah deu um último beijou antes de Jean descer a rua enquanto Sarah o admirava sorrindo igual a uma boba.
- Você parece feliz - Monique riu.
- Eu to - Sarah rapidamente fechou a cara enquanto virou na direção de Monique e Cassy. E lançou um grande sorriso - E eu vou ficar ainda mais.
Enquanto Sarah subia de volta para o apartamento, Cassy sorriu de novo. A Sarah não o havia superado, muito pelo contrária ela ainda estava muito magaoda e se existe mágoa, ainda existe sentimento que ele poderia transformar de volta em amor se ele quisesse. O problema agora era outro.
- Já acabou?! - Monique o encarava de braços cruzados.
- Quê?! - Ele se tocou de que ficou olhando Sarah subir as escadas.
- Sabe, Cassy, Sarah não mudou. Ela trocou as roupas e o penteado. Mas a aparência sempre foi a mesma. A diferença é que agora o Colégio todo tá comentando dela - Monique disse - Eu to tentando acreditar que você não é aquelas idiotas que ligam para a popularidade, mas tá difícil.
- Monique, eu...
- Se Você quiser, a gente termina, mas fica longe da Sarah - Monique se virou para ir embora.
- Não, Monique, espera - Mas ele a agarrou pela cintura e a olhou nos olhos - Eu quero você, okay?!
- Mesmo?! Então é melhor você começar a fazer alguma coisa para provar, por...
E então ele a beijou. Um beijo intenso que ela relutou, mas não aguentou e se entregou. Naquela momento ela acreditou que era ela que ele queria. Mas nem Cassy sabia o quê estava fazendo. Mais do que Sarah quando chegou no BitterSweet College, Cassy Howar estava perdido. Ele se despediu da sua. agora mais um vez oficial, namorada e Monique entrou no apartamento um pouco mais calma.

- Se divertiu na competição?!

- Que susto, Sarah - Monique não havia visto a amiga na cozinha.

- É, eu sei, eu sou "invisível" - Sarah riu.

- Você tá mesmo bem?!

- Será?! Será que eu to realmente de boa com o fato de que vim para provença porque me sentia uma sombra esquecida no churrasco e aí você vem atrás de mim, diz que vai ser diferente e em 3 meses você pega minha vaga no clube, o garoto que eu tava afim e faz todo mundo deixar pra lá o meu "drama" - Sarah respirou fundo - Você estaria de boa com isso?!

- Me desculpam okay?! Só aconteceu, eu não... não queria.

- Relaxa, Monique, um dia eu vou entender que você não fez por mal, mas até lá, você e Cassy vão entender que não é assim que se trata uma pessoa - Sarah disse indo para seu quarto.

- O quê você vai fazer? 

- Eu?! Nada - Sarah sorriu - Já o karma...

Tecnicamente, Sarah disse que não faria nada com eles, mas por segurança, Monique preferiu dormir no sofá naquele dia. Era  mais um dia estressante para as garotas no apê, estressante o suficiente para Monique mais uma vez esquecer de tomar seu remédio e ela so se lembrou quando acordou em pé na cozinha.

- O quê?! - Ela acordou assustada, olhando em volta e vendo Patrícia e Sarah tomando café.

- Você tá bem?!

- É, Monique, parece assustada - Sarah sorria.

- Eu... acho que esqueci de tomar meu remédio...

- QuÊ?! - As duas rapidamente ficaram assustadas.

Monique correu pro quarto e virou uma pílula sem água mesmo.
De volta ao colégio, Sarah e Jean conversavam sobre como o "plano de Sarah" estava rolando

- Ela esqueceu de tomar o remédio, Jean, ela claramente tá muito assustada.

-Não acha que tá na hora de deixar isso pra lá?!

- Acho que sim - Sarah se acalmou - Deixa ela com a consciência dela agora, preciso me focar em outras coisas.

- Concordo, como por exemplo quem fundou a cidade de provença?
- Engraçadinho - Sarah riu - Todos sabem que provença não é uma cidade,é uma denominação geográfica para um antigo condado (transformado em 1481 em província real francesa) e que corresponde hoje a uma grande parte da região administrativa francesa de Provença-Alpes-Costa Azul.

- Parabéns, você leu o Wikipedia, agora vai ler os livros - Jean arrancou o celular da mão de Sarah, rindo.

Acabou que Sarah e Jean realmente conseguiram estudar naquele dia, foram horas bem produtivas e ambos já se sentiam seguros para A Grande Prova que ocorreria em alguns dias. Chegando em casa e se despedindo do seu... namorado?! (Podemos chamar assim), Sarah teve uma surpresa

- Cassy?! O quê você tá fazendo aqui?!

- Eu precisava falar com você

-Eu não tenho nada para falar com você

- Sarah, eu não paro de pensar em você, okay?! Eu disse para Monique que era com ela que eu queri ficar, mas a verdade é que eu não de pensar em você desde quando você apareceu naquele porta.

- E eu não paro de pensar em você desde o 1ª dia que te vi e ainda assim você fez questão de me humilhar...

- Eu não... - Cassy respirou fundo em busca de calma - Eu sei, eu devia ter percebido seus sentimentos antes me desculpa.

- Essa é a pior parte, pois eu sei que você percebeu, mas escolheu fingir demência - Sarah o encarava sério - E eu só queria saber porque.

- Sarah...

- Eu não era bonita? Eu não era interessante? Ou melhor - Sarah dizia em tom irônico - Eu não era boa o bastante pra você.

- Algum desses...

- Essa não é a respostas certa, Cassy.

- Sarah, eu faço QUALQUER coisa pra provar o quanto eu to arrependido...Qualquer coisa - Cassy dizia agarrando Sarah pelos braços e fazendo-a olhar em seus olhos.

- Cassy... - Antes que ela pudesse responder, Sarah se afastou do garoto ao ouvir o som da porta abrindo.

- Cassy?! - Era Monique - O que você tá fazendo aqui?

- Falou com a sua namorada, Cassy.

Sarah se virou, deixando Monique e Cassy sozinhos com aquele clima tenso no ar. Tenso o suficiente para ser cortada por uma tesoura.

- E então, o que você veio fazer aqui?! - Monique encarava-o de olhos cerrados.

- Eu vim te ver e aproveitei pra esclarecer as coisas com a Sarah.

- Só isso?

- Aham - Cassy disse cansado.

- E ela?

- O que tem ela?!

- Ela desculpou a gente ? - O olhar de Monique esperando a resposta era de alguém desesperado.

- Acho que sim - Cassy mentiu.

- Graças a Deus - Monique caiu no sofá cansada - Eu não aguento mais, as indiretas, os olhares, parece que to vivendo com um leão prestes a me atacar a qualquer momento.

- Eu não raparei que você tava assim, foi mal - Cassy se sentou ao lado da garota colocando a mão na sua perna.

- tudo bem, eu não queria que você percebesse mesmo - Monique escorou sua cabeça - Ela fica dizendo que eu roubei você dela, é ridículo.

- Ela diz isso?! - Ele perguntou com um sorriso no rosto.

E de lá do quarto, com um sorriso no rosto, Sarah escutava cada palavra daquela conversa 
"Então Monique tá se sentindo insegura? A Monique?! A garota mais forte que eu conheço?! Há há há. Interessante" Sarah pensava "E ainda temos Sr. Howar dizendo que faria qualquer coisa, né?! Acho que depois de tudo eu tava merecendo me divertir mesmo"

- Sarah, Sarah - Ela falava com espelho - Eles não perdem por esperar. Esse protagonismo é seu.

Os dias foram passando e as meninas foram se afastando cada vez mais, cada um pro seu canto; Patrícia estudando com Neil; Monique tentando se acalmar; Sarah se dividiu em estudar com Jean e bolar um plano para se divertir com o casal Monissy enquanto podia.
E então chega a prova, todos os alunos no ginásio, as carteiras foram postas para que ninguém pudesse olhar a prova do outro. Era tudo ou nada.
Apesar de ter estudado com Neil, Patrícia havia passado a maior parte do tempo analisando cada detalhe do rosto do seu namorado e em como ele era perfeito, então ao ler a prova e ver o tamanho e o nível de dificuldade das questões, ela só podia contar com seu dom de clarividência para tentar ver a luz no fim do túnel. Sarah, apesar de ter perdido um bom tempo pensando em Monique e Cassy, ela tinha estudado o bastante para ficar pelo menos na média. Agora, Monique, ela fez a prova acabada, havia passado todos os 20 dias batendo a cabeça com Sarah Seth Collins, com seus remédios desregulados e com a possibilidade de Cassy estar se afastando cada vez mais, dentre as 300 pessoas naquele ginásio não havia NINGUÉM mai despreparado que Monique Hausenback.
.
.
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Ao fim da prova, Monique saiu pior do que entrou, a exaustão a puxava para baixo, ela mal conseguia aguentar o peso do próprio corpo, então se arrastava na parede até sair do colégio, ironicamente foi se arrastando que ela encontrou o cartaz que daria forças para ela se erguer de novo

Era disso que ela precisava, uma desculpa para juntar suas amigas por um "bem maior". Ela sabia que elas amavam música tanto quanto elas e aquele concurso seria a situação perfeita para elas se aproximarem de novo. Então com encheio o peito de ar, pegou a caneta vermelha e escreveu em letras garrafais.
"Cherry Bomb"

quinta-feira, 20 de junho de 2019

200%|#PuraPoesia28

Hello, Bitches❤

Você deveria pensar um pouco antes do sim
Pois nunca houve á ninguém como eu na sua vida
Sim, eu sou fofo (De loge)
Mas venenoso(bastante)

Caras como você acham que nunca vão conhecer alguém como eu
Você acha que me conquistou
Que tirou a sorte grande
Pois saiba que 200% da sua paciência vão ser necessária

Porque você se envolveu com o Rei Do Drama
Um padrão bem longe do normal
Por aqui há sempre sangue e suor em cada briga, intrigas
Eu vou estar sempre rodeado de gente, flertando
 E você vai ter que confiar que nunca vai passar disso

Me amar foi a pior decisão que você tomou
Pois eu posso até te amar mas não tanto quanto eu me amo
Minhas vontades vem primeiro que as suas
Eu faço o que eu posso para mim
Eu sou a pessoa mais importante da minha vida

Porque você se envolveu com o Rei Do Drama
Um padrão bem longe do normal
Por aqui há sempre sangue e suor em cada briga, intrigas
Eu vou estar sempre rodeado de gente, flertando
E você vai ter que confiar que nunca vai passar disso

200% da sua paciência serão necessárias
E ainda não sei se darão conta

História Sem Fim|#PuraPoesia27

Hello, Bitches❤

Eu acho que perdi o controle
Na sua 1° mentira
Não sei porque continuei
Não era hora pra escutar meu coração

Promessas, mentiras, traições e intrigas
Foram só a ponta do iceberg
Um era uma vez que não podia ter começado pior
Graças a sua narração

Deixei meu cérebro de lado
Pus meu coração em aposta
Só pra ganhar uma história sem fim
Sim, você foi um babaca
Mas eu fui um idiota
Por insistir em ter uma história sem fim

Só porque reclamo que nossa história não teve um fim
Não quer dizer que eu queria que nossa história tivesse um fim
Porque se nossa história tivesse um fim
Seria meu suicídio ou seu homicídio

Demorei um tempo pra entender o que aconteceu
Aonde foi que eu errei
E as vezes por onde quer que eu vá
Eu ainda me lembro do nome de filósofo

Você se irritou por eu não fazer promessas mentirosas
O que você queria que eu fizesse?
Queria que eu inventasse um "eu te amo" do nada?
Eu errei por ser verdadeiro?

Eu assumi um erro que não era meu
Carreguei a culpa sozinho
E tudo isso porque? Por uma história sem fim
Desde então eu tomo cuidado
Com cada palavra que digo a você
Tudo isso porque você foi uma história sem fim

Só porque reclamo que nossa história não teve um fim
Não quer dizer que eu queria que nossa história tivesse um fim
Porque se nossa história tivesse um fim
Seria meu suicídio ou seu homicídio

Deixei meu coração de lado
Quis pensar em você
E o quê eu ganho em troca? Uma história sem fim
E o pior disso tudo é que pra você eu ainda sou o vilão
Dessa bela história sem fim

Nossa história nem teve um começo
Nem sei se um dia vai saber o quê eu sinto
Pois somos uma história sem fim

sábado, 30 de março de 2019

#QuaseLÁ|Capítulo06

Adicionar legenda

A música estava alto suficiente para dificultar qualquer conversa, Ulysses dançava parada, pulando no seu lugar, enquanto Thiago o encarava sorrindo mas também preocupado. Já havia passado alguns meses desde a ida do amigo ao hospital e mesmo assim, Thiago não conseguia esquecer a sensação de ter Ulysses desmaiado em seus braços sujo de sangue. Já Ulysses, parecia estar aproveitando seus ultimos dias de vida, mesmo sabendo que tudo que ele precisava era descançar:
- Vai, Thiago, dança um pouco.
- Eu acho que já tá meio tarde, Ulysses.
- Ainda nem deu onze horas - Ulysses olhou pro celular rápido.
- Você tem que tá na cama meia noite, bebê.
- Iiiiih, virou sua mãe agora é?! - Riu.
- Ulysses, eu to falando sério - Thiago então viu seu amigo parar de dançar e ficar branco como a neve - Ai, meu deus, o que foi?!
- Rápido, vamos embora - Ulysses agarrou Thiago e se agacharam no chão.
- Ulysses, vamos embora AGORA.
- O QUÊ ACONTECEU?!
- Lembra do ex babaca do ensino médio?!
- O quê que... - Antes que Thiago pudesse dizer qualquer coisa Ulysses virou a cabeça do amigo na direção da entrada. - É ele?!
- O quê ele tá fazendo aqui?! Ele não tinha se mudado?!
- Eu não sei... Ulysses?! - Thiago via seu amigo mudar de branco pra verde.
- Thiago...
Antes que Ulysses pudesse falar qualquer coisa, desmaiou. Tudo ficou preto e tudo que ele ouvia era a música diminuir cada vez mais. Ela sumiu e se afastava e no lugar dele ele só ouvia uns sussurros desconhecidos e Thiago repetindo diversas vezes a frase "não precisa". Quando Ulysses acordou, seus olhos se encontraram com os de Eric, seu ex do ensino médio.
- Você tá bem?!
- Eu... To...
- Viu?! Ele só precisa ir pra casa - Thiago ajudou o amigo a se levantar, ficando frente a frente com Eric.
- Tem certeza?! Eu posso fazer uma rápida avaliação agora.
- Por quê?! Virou médico agora?! - Thiago riu.
- Virei.
- Não precisa. Vamos, Thiago. - Ulysses agarrou Thiago pelo braço e foram até a saída.
- Foi bom te ver, Ulysses - Eric disse antes que Ulysses se afastasse mais.
Aquilo havia sido um completo desastre.
- Médico?! Ele virou médico?! - Ulysses reclamava já em casa.
- Calma, Ulysses.
- Não, Thiago - Ulysses olhou Thiago no fundos dos olhos - Vocé sabe da história completa e você sabe exatamente como eu to agora...
- ...
- E você viu ele...
- Ulysses...
- Isso não é justo.
Ulysses foi se deitar com um único pensamento na cabeça: Ele acreditava em karma, então por que depois de todo aquele ensino médio de merda, Eric estava tão bem e ele tão na merda?!
Depois daquela noite horrível, Ulysses decidiu passar a manhã na cama, enquanto Tiago tinha trabalho. Já a vizinha do outro lado do corredor havia aproveitado a manhã para fazer as compras do mês. Pam havia subestimado o término com Eliza, então foi preciso fingir que estava em uma comédia romântica e passar por um makeover. E aquelas compras seriam perfeitas para divulgar seu novo corte de cabelo, nem que seja pros atendentes do mercado. E tudo teria sido perfeito se não tivesse cruzado com Eliza nos corredores de frio.
- Oi... - Pam congelou.
- Oi... - Eliza não acreditava no que estava vendo.
- Você cortou o cabelo...
- Você também...
Sim, elas estavam com o mesmo corte de cabelo. E se isso não fosse estranho o suficiente:
- Camisa legal.
- É... Valeu - Eliza riu. De nervoso.
Elas estavam com camisas extremamente parecidas.
- Bom... Tchau.
- Tchau.
E de volta ao apartamento, que agora era dividido com Bruno.
- VOCÊ NÃO VAI ACREDITAR NO QUE ACONTECEU.
- Você encontrou Eliza no mercado?!
- Como...
- Você sempre faziam compra na primeira segunda-feira do mês.
- Aaaah - Pam se lembrou da rotina que achou que tinha esquecido - Merda.
- Vocês ficaram juntas por um bom tempo, é normal. - Bruno comentou tudo sem tirar os olhos da tevê. Ele estava sério. Como sempre desde a morte do marido.
- Bruno...
- Não começa. Eu to bem.
- Se tu quiser conversar...
- Eu sei, Obrigado.
Pam seguiu pro quarto, enquanto Bruno continuava lá, como sempre.
Com o começo da noite, Thiago enfim conseguia terminar aquelas tarefas chatas do escritório de advocacia. Estava prestes a voltar pra casa quando...
- Alô?!
- Oi, meu filho.
- Oi, mãe, só ligando pra avisar que os papéis de divórcio já chegaram, pode ver isso pra mim quando tu chegar?
- ... - Thiago congelou.
- Filho?!
- Tá... Eu vejo.
Thiago desligou o telefone. Ficou esses dois meses pensando tanto na saúde de Ulysses que havia esquecido o divórcio dos pais. Eles realmente estavmse separando. Seu pai era gay e agora sua mãe era sua inquilina.
- Thiago, você tá bem?! - Nunes, um colega do trabalho entrou na sala - Eu bati e você não respondeu.
- Eu... To bem.
- Sério?!  Você não parece muito bem, não.
- Eu só to um pouco cansado.
- Entendo... É aquele seu namorado de novo?!
- Quem?! Ulysses?! Ele é só meu amigo - Thiago arrumava suas coisas pra sair.
- Então... Você tá solteiro?!
- Eu não disse isso - Thiago respondeu sério.
- Desculpa, eu... - Nunes congelou.
- É brincadeira, Nunes - Thiago riu - É, to solteiro. Até amanhã.
- Até - Nunes se despediu.
Já na pizzaria, Ulysses tentava não pensar ma noite anterior e sim focar no trabalho.
"Okay, ele se formou, ficou mais gato e provavelmente mais rico. Foda-se. Eu só to esperando as coisas melhorarem. Isso não vai ser pra sempre. E se for, ok. Eu to feliz. Eu to feliz. Eu... To..."
- Ulysses, cliente novo - A atendente cutucou ele.
- Desculpa, eu to indo... - Ulysses se virou pra porta e viu o cliente.
- Ulysses?! - Era Eric. Ele estava na porta esperando Ulysses o atender.
- ... Não - Ulysses sussurrou.
- Ulysses... Você tá bem?!.
- eu me demito - Ulysses disse inseguro e depois respirou fundo - Desculpa, eu me demito.
Ulysses andou até a porta da frente passando direto pro Eric que tentou chama-lo, mas de nada adiantou. Ulysses subiu na Penélope e foi indo a alta velocidade. Não sabia pra onde, mas sabia que não queria mais estar naquela vida, que infelizmente era sua. Estava tão afobado que nem viu uma garota que passou na sua frente e quase a atropelou, mas felizmente conseguiu freiar a derrubando só com o susto.
- Meu Deus, me desculpa.
- Qual o seu problema?!
- Eu juro que não te vi - Ele tirou o capacete e estendeu sua mão.
- ... Ulysses?!
- ... Natty?!

quarta-feira, 16 de janeiro de 2019

Explosion Of Feelings|Quatre: Sélection

Hello, Bitches❤

tenção:Esse capítulo é narrado em terceira pessoa, ou seja, não é narrado por nenhum personagem e sim por mim ou por você. A terceira pessoa sabe tudo sobre todos, quase Deus, onipotente, onipresente e onisciente. Com essas informações em mente, você pode seguir para o 4° capítulo de "Explosion Of Feelings".

A noite já havia chegado. Monique andava de um lado para o outro no apê revezando os olhares entre a porta e o relógio. Já havia se passado mais de 10 horas desde o sumiço de Sarah e nada da garota aparecer ou dar ao menos um sinal de vida.
Ao ver a maçaneta da porta se mexendo, a esperança voltou, mas logo foi embora quando Patrícia, Neil, Cassy e Raphael entraram:

- Não tem jeito, ela não tá em lugar nenhum - Patrícia disse se jogando no sofá, cansada.

- Vocês tem certeza de que ela não conhecia ninguém aqui?!

- Não, ela era tão novata quanto nós.

- Fora que a Sarah nunca foi de fazer amizade fácil, né - Patrícia disse - Ela mal falava com a gente.

- É... - Monique concordou com a culpa pesando em seus ombros.

- Melhor todo mundo descansar agora, ela vai ficar bem, só tava... - Neil olhou para Cassy - Estressada.

- ... - E dessa vez Cassy não podia questionar muito.

- Neil estar certo, continuamos amanhã - Raphael concordou com o loiro.

- Okay, obrigado, meninos - Monique sentou ao lado de Patrícia - Levaria vocês até lá em baixo, mas...

- Tudo bem, eu não vou deixar Raphael se perder - Cassy tentou fazer uma piada, mesmo sem ninguém rindo. Exceto Patrícia, mas aí não conta.

- Tchau, amor - Patrícia ergueu um pouco a cabeça para dar um beijo em seu namorado.

- Tchau - Neil se abaixou e a deu um selinho - Descanse, tá?

- Você também.

Neil e Raphael desceram enquanto Cassy ficou ali, parado, olhando Monique pensativa. Ele se sentia culpado e ao mesmo tempo sentia que a culpa não era dele e nem dela:

- Monique... - Ele tentou se aproximar da garota.

- Eu realmente não to com cabeça agora, Cassy - Ela disse com aqueles olhos cansados. - Outra hora a gente conversa sobre isso...

- Tem certeza ? 

- Tenho. - Ela se deitou no sofá - Fecha a porta ao sair, por favor.

- Okay... Boa noite.

Cassy foi até a porta e olhou Monique antes de sair. Ele sabia que não dava para imaginar o quê vinha pela frente, mas sabia que aquela história só tava começando.

- Não acha que pegou meio pesado com seu NAMORADO ? - Patrícia tentou lembrar Monique que agora ela e Sr. Howar eram oficialmente um casal.

- Talvez - Monique se levantou e foi em direção ao quarto - Mas agora eu realmente preciso de uma boa noite de sono.

- Você que sabe - Patrícia também foi ao seu - Boa noite, Moni.

- Você também - Monique respondeu baixinho se jogando na cama.

Monique tentava dormir mesmo com todas aqueles pensamentos rodando a sua cabeça. Aquele dia foi cheio e naquela noite, o pesadelo de Monique foi igualmente tenso e assustador: Ela estava com roupa de capitã em um navio, John e Kaio eram seus marinheiros enquanto Patrícia sua co-capitã. O clima era de tempestade com fortes ondas acompanhadas de relâmpagos que dificultavam a visão. Foi nesse momento que John e Kaio entraram na sala de comando, desesperados.

- Senhora - John dizia cansado.

- Achamos uma coisa - Kaio continuava a frase.

Então sem pensar duas vezes, Monique os acompanhou até o lado de fora no meio da tempestade, aonde encontrou uma sereia presa em uma rede de pesca e caça: Longos cabelos azuis de pontas verdes; uma calda longa que seguia o mesmo esquema de cores e um par de olhos castanhos que afirmavam a identidade da Sereia Sarah Seth Collins 

- Por quê, Monique?! - Ela chorava - Por quê continua fazendo isso comigo?!

- Sarah?! Eu não...

- Quando você vai me deixar em paz?!

- Nunca!

Monique disse retirando seu chapéu de capitã e revelando seus longos cabelos rosas acompanhados de uma risada maléfica que ecoou pelos 7 mares.
Ela acordou desesperando com a própria risada, virando para mesa de cabeceira e percebendo que não havia tomado seu remédio antes de dormir. Ela havia colocado a própria vida em risco.

- Você tá bem?! - Patrícia surgiu na porta do quarto com um conjunto de legging rosa e uma camiseta branca por cima. Ela havia ido correr.

- Que horas são?! - Monique procurou seu celular.

- 7h30 - Patrícia se alongava - Eu estava me exercitando com o Neil.

- Tão cedo?!

- Ele tá acostumado a acordar cedo pra cuidar daquela escola, tadinho - Ela tirou a camiseta - Então nos dias que não tem aula, ele corre.

- Coitado - Monique era a mais estudiosa das três, mas imaginava que viver pra escola devia ser um pesadelo.

- Eu não duvidaria se o Colégio ligasse pra ele ir pra escola até nessa semana de folga, por que sinceramente... 

Enquanto Patrícia se preparava para ir para o banho, recebia uma ligação de Neil. Monique via aquela cena da Patrícia falando ao telefone dizendo apenas "tá" e "entendi" com expressões de tristeza e raiva. Algo de muito errado havia acontecido no mundo cor de rosa da garota.

- EU NÃO ACREDITO NISSO - Patrícia tacou o telefone pela janela irritada.

- O quê aconteceu?! - Monique perguntava vendo o telefone passar por sua cabeça e sair pela janela.

- Neil acabou de me avisar que vai ver a gente no Colégio, por que a Diretora pediu pra ele ajudar ela nessa semana de FOLGA - "AAAAAH" ela gritou em grave e depois em agudo - Eles podem fazer isso?!

- Se ele permitir, sim - Monique dizia já sabendo o quanto Neil era passivo - Mas qual o problema?! Ao menos você vai ver ele.

- Não é isso - Patrícia se sentou no canto da cama - É que Neil é uma pessoa tão legal, não é justo ele viver tão cansado naquela escola, parece que leva surras todo dia de tão morto que ele tá.

- Ele vai ficar bem, vai ver tudo que ele precise agora é que você der forças pra ele - Monique se aproximou.

- Não chega tão perto, você tem hálito pela manhã - Patrícia se afastou.

- É isso, deu pra mim.

Monique foi para banho e 15 minutos depois voltou encontrando Patrícia vestida e arrumada(como sempre) com sua bolsa em uma mão e o celular na outra:

- ... 

- Monique, eu to indo pra escola já.

- Mas a Angel não tinha marcado esse ensaio só 10h?! - Monique olhou para seu celular garantindo de que ainda nem eram 8h.

- Marcou - Paty botou seus óculos cor de rosa - Mas o Neil vai precisar do meu apoio agora.

- Ele tá indo ajudar a Diretora, não Hitler - Monique dizia ao ver Patrícia saindo de peito erguido como se fosse pra guerra.

Neil sempre aceitava ajudar a escola sem pensar duas vezes, mesmo cansado, era sempre na escola que ele preferia estar, então quando ia para aula, ele era o único aluno que ia feliz. E quando estava indo para escola ajudar a Diretora, já sabia que a bagunça seria grande, só não sabia que iria encontrar Patrícia na frente da escola o esperando:

- Patrícia?! O quê você tá fazendo aqui?! - Ele se aproximou para beija-la.

- O ensaio do clube de música começa as 10h, então eu tenho um tempinho para te ajudar - Ela sorria.

- Amor, não precisava vim cedo só para isso - Neil acariciou seu rosto.

- É claro que precisava, agora me diz o quê você tem que fazer.

- Bom, segundo a Diretora, o de sempre, organizar uns papéis, verificar quem veio, ligar para os que faltaram... Só que agora com todos os times que vão participar do campeonato - Ele deu de ombros.

- Escutaram, né?! - Patrícia puxou um walk talk ao seu ouvido.

- SIM, SENHORA! - E logo um grupo de 10 homens altos de ternos surgiram atrás de Neil.

- QUÊ ISSO?! - Ele quase caiu com o susto.

- Esse são seus novos ajudantes por hoje, preparados para realizar suas tarefas - Ela disse sorrindo e depois olhou brava para os "ajudantes" - AGORA VÃO VÃO!!!

Ele ficou lá,  olhando aqueles homens de meia idade que ele não fazia ideia de quem eram entrando na escola e realizando suas tarefas completamente sem reação. Era óbvio que a Diretora podia não gostar nada daquela situação, mas ele não teve outra reação, além de cair na risada.

- Qual a graça?! - Patrícia virou para o namorado, confusa.

- Você - Ele enxugava as lágrimas do rosto - Você é... Única.

- Obrigada...?! - Patrícia não sabia exatamente como agir. Sabia que era um elogio. Só não sabia exatamente como recebe-lo. - Como assim única?!

- As pessoas geralmente não se preocupam comigo NESSE nível - Ele dizia apontando para os "empregados" de 2 metros espalhados pela escola - Mas você se preocupou.

- Claro, você é meu namorado.

- E você podia muito bem só ter vindo me ajudar você mesma, mas ao invés disso contratou essas pessoas - Neil sorriu - Praticamente gerando emprego pra 10 famílias.

- Por que eu mesma faria isso se eu posso contratar pessoas?! O dinheiro serve exatamente pra isso - Ela respondeu como se fosse uma regra que todos deveriam saber - Inclusive, você também tem dinheiro, não sei o porquê do espanto todo.

- Meu pai tem dinheiro, eu não - Neil respondeu sério - E eu não gosto de incomoda-lo.

- Entendo - Patrícia deu as mãos para o namorado - Mas agora, você pode contar comigo, pra tudo.

- Eu sei. Obrigado - Ele a beijou.

- Então... Enquanto eles fazem o trabalho, a gente ganha um tempinho livre - Ela sorriu colocando as mãos em volta do pescoço de Neil - Quer fazer o quê?!

Perto do horário de ensaio,  Monique chegava um pouco apressada no Colégio, olhando pros lados para saber se o caminho estava livre. E estava. Mas foi só pisar no pátio para Cassy surgir:

- Ela deu notícias?!

- O quê?! - Ela virou espantada - Ah, a Sarah...

- Isso... Eu... Fiquei preocupado - Disse inseguro - Ela parecia bem mal.

- Bom, você jogou um milkshake de cereja na cara dela, então...

- Foi um acidente, okay?! Eu sei que pareceu que foi de propósito, mas não foi. - Ele bufou irritado.

E enquanto ele reclamava sozinho sobre os ocorridos naquele dia, Monique o observava pensando que talvez ele não fosse o monstro que a situação fez parecer. E talvez ela não fosse a garota egoísta que roubou o crush da amiga. Foi apenas uma confusão que tomou proporções desastrosas. Ela queria acreditar nisso.

- Olha... A Sarah sumiu desde aquele dia e não deu notícias - Ela respirou fundo - Mas eu sei que ela tá bem. A Sarah sempre... Some. Inclusive foi assim que ela veio parar em Provença, né?!

- Ótimo...

- Você não precisa se sentir mal - Ela colocou a mochila nas costas prestes a seguir seu caminho.

- E nós?

- Quê?!

- Como nós ficamos nessa história?! Somos um casal ou... Sei lá - Ele estava tão confuso quanto ela 

- Boa pergunta... Vamos ficar com o "sei lá" por enquanto - Monique respirou fundo e se retirou - Preciso ir pro ensaio do Club agora, okay?! 

- Tchau... 

Cassy foi em direção a saída provavelmente indo aproveitar a semana de folga. Ele só estava lá para falar com Monique. E a garota seguiu para a sala do club. Eles teriam uma semana incessante de ensaio.

- E nós só vamos descansar quando todos souberem exatamente cada passo e cada verso de Bad Romance - Angel falava de nariz erguido com uma postura impecável.


- Então vamos mesmo fazer Bad Romance?! - Monique perguntou empolgada.

- Aquele encontro no karaokê foi realmente motivador, Monique - Raphael disse - Caiu como uma luva na nossa setlist.

- Ótimo, eu tava revendo algumas partes e eu realmente queria ficar com o verso que diz que...

- Você não vai pegar um solo - Angel riu - Ficou louca?!

- O quê?! Mas eu achei que a gente tinha arrasado naquela noite.

- Foi legal, mas não é por isso que Cassy e Neil irão subir no palco com a gente, certo?! - Angel disse.

- Foi mal, ela foi bem convincente nos argumentos - Raphael olhou triste para Monique que só deus de ombros.

- Então os solos irão para quem?! 

- Obviamente para Mim e Raphael - Ela sorriu - Kevin e Iria, e, Rose e Patrícia.

- Rose e Patrícia?! - Monique perguntou indignada.

- Sim, ela ia botar eu com o Kevin, mas expliquei pra ela que isso ia acabar fazendo ele achar que tem alguma chance - Patrícia explicou para Monique.

- Mas eu não... Ah, esquece - Kevin se encolheu na cadeira de braços cruzados.

- E a Iria não tinha uma aparência a altura da Patrícia para fazer um dueto.

- Uau, obrigada, Angel.

- You Welcome - Angel respondeu em tom irônico.

- E você por acaso tem talento pra ganhar um solo só seu ? - Monique disse apontando para a setlist no quadro que dizia que a apresentação começaria com um solo da Angel de Hate On Me.

- Há há - Angel riu chamando CeCe e JiA pras suas marcas - Olha e aprenda, Sweetie.

Angel:
Se eu pudesse te dar o mundo
Em uma travessa de prata
Importaria mesmo?
Você ainda estaria furioso comigo

Angel:
Se eu posso encontrar em tudo isso
Uma dúzia de rosas
Que eu daria pra você
Você ainda estaria infeliz

Angel:
Na realidade
Eu vou ser quem eu sou
E eu não sinto nenhuma culpa
Por todas as mentiras que você comprou

Angel:
Você pode tentar se puder
Me destruir quando eu digo
Que isso não cabe a você
Vamos fazer o que você quer

Angel, Cece&JiA
Me odeie, odiado
Agora ou depois
Porque eu vou deixar
Você vai odiar, querido

CeCe&JiA
(Vá em frente e odeie)

Angel, CeCe&JiA:
Vá em frente e me odeie, odiado
Eu não estou com medo
Do que eu vou pagar por isso
Você pode me odiar...

Angel:
Ooh se eu te dei pêssegos
Tirados do meu jardim
E eu fiz pra você um piso de pêssego
Você me chutaria para fora?

Angel:
Imagine se eu te desse diamantes
Tirados do meu ventre
Você sentiria o amor nisso?
Ou perguntaria porque não a lua

Angel:
Se eu te desse sanidade
Para toda humanidade
Tendo a solução toda para a dor e poluição

Angel:
Não importa onde eu vivo
Apesar das coisas que eu dou
Você sempre vai ser assim
Então vamos em frente e...

Angel, CeCe&JiA:
Você não consegue...
Me odeie
Porque minha mente é livre
Sinta meu destino
Assim deve ser

Não foi apenas Raphael e as amigas da Angel que vibraram, foi o clube todos. Todos claramente haviam adorado a apresentação da Angel e Monique não podia discordar, a loira podia ser a pessoa mais insuportável que Monique havia conhecido, mas ela também tinha uma das vozes mais potentes que Monique havia escutado.

- Tá ouvindo esse som, Monique?! - Angel respirou ouvindo os aplausos - Continue treinando e um dia vai chegar perto de ouvir também.

- ... - "Vai a merda" Monique pensava
.
- Até lá, você fica no coro.

- Que seja, vamos logo ensaiar - Monique revirou os olhos e foi pro seu lugar.

A semana foi árdua. Enquanto o resto da escola assistia o torneio de basquete, o clube de música ia de Hate On Me à Bad Romance e de Bad Romance à Hate On Me. Cada passo e cada verso foi repetido no mínimo umas 789 vezes até a sexta feira. Não havia a menor possibilidade de erro, até Angel e Raphael irem falar com a Diretora no fim de semana:

- Com sua licença, Srta. Skylar - Raphael disse esperando na porta a permissão da autoridade.

- Pode entrar - Ela só fez olhar para os dois por cima dos óculos e voltou a ler umas pastas amarelas.

- Bom, Diretora, é que a gente tá curioso sobre as passagens pras seletivas - Angel passou na frente do seu namorado.

- Ah, tem isso, né?! - A Diretora ajeitou seu paletó rosa e ligou seu computador - Pra quando é?!

- ... Ta brincando né?! - Angel engoliu seco - É nesse domingo.

- O QUÊ?! - Srta. Skylar levantou irritada - E VOCÊS ME AVISAM ASSIM?!

- Você é a Diretora, você devia saber - Angel dizia irritada - Eu achei que já tava até tudo organizado.

- Srta.Esme e Sr.Sinclair - A Diretora saiu cuidadosamente atrás da mesa - Os últimos treinadores aparentemente não explicaram pra vocês, mas eu faço questão: Vocês precisam me avisar antecipadamente sempre que forem fazer algo para a escola TENTAR disponibilizar verbas A MAIS.

- ... - Angel e Raphael se olharam.

- Vocês por acaso fizeram isso?!

- Não, Senhora - Raphael disse segurando a mão de Angel tentando impedir que ela surtasse.

- Então, infelizmente, eu não posso fazer nada - Ela se sentou de volta - Passar bem.

Da sala da diretora direto pro clube de música, Raphael tentava buscar uma solução, enquanto tudo que Angel fazia era surtar.

- PASSAR BEM?! PASSAR BEM?! - Angel gritava - EU DEVIA PASSAR BEM AQUELA CARA ENRUGADA COM O FERRO QUENTE, ISSO SIM!

- Angel, se acalme - Raphael respirava fundo.

- Se acalmar?! Se acalmar?!

- ... Tá, retiro o quê eu disse - Raphael olhou para ela com as bochechas vermelhas de raiva.

- Como é quê você pode se manter tão calmo assim?! O Clube da música sempre foi independente, eram sempre os alunos que organizavam tudo...

- Deve ser por isso que sempre rola alguma confusão - Raphael murmurava.

-  ...E na nossa administração a gente simplesmente esquece de comprar as passagens?! - Angel se jogou no chão agarrando suas pernas - Nós somos péssimos treinadores.

- Paris não é tão longe de Provença, deve haver algum outro jeito de ir - Raphel dizia - Se ao menos pudéssemos alugar um carro.

- Raphael, é isso - Angel se levantou animada

- A Diretora não vai alugar um carro, ela ia precisar alugar vários e com mostoristas.

- Não precisamos de motorista, Sr. Maior de Idade - Angel se aproximou do seu namorado com um sorriso no rosto.

- Mas eu não tenho carro, Angel, e como eu disse: Iríamos precisar de vários.

- Raphael, helloooo: Sua família tem tratores e ônibus - Angel disse - E é nisso que vamos.

- Vamos de tratores para Paris?! 

- Não - Ela sorria - Ônibus.

O plano de Angel parecia simples e sem falhas, mas foi só explicar para o resto do clube para as coisas não saírem exatamente como planejado:

- Não, não, não - Patrícia disse - Você não espera realmente que eu entre em uma ônibus de fazenda, né?! Sem ofensas, Raphael.

- Okay - Raphael se contentou em aceitar o comentário.

- Olha, eu também não curto essa ideia, mas não existe outra opção no momento - Angel tentava explicar para amiga.

- Aposto que o clube de líderes de torcida não precisam passar por isso - JiA comentava para CeCe que não comentava nada de volta.

- Eu posso fretar um jatinho, tá tudo bem.

- Patrícia, estamos falando de milhares de euros e Paris nem é tão longe. - Angel batia o pé no chão - Por favor, confia em mim.

- Mas, Angel, eu posso pagar - Patrícia falava como se fosse a coisa mais fácil do mundo, mas Monique já havia sacado o quê estava acontecendo.

- Ela não vai aceitar, Patrícia - Moni disse - Aceitar isso é admitir que não soube comandar o clube.

- Você não sabe o quê está falando - Angel respondeu.

- Ah, não?! Angel, ainda nem chegamos na metade do ano e o clube já teve uma audição de merda e falta de transporte - Monique se levantou - E corremos riscos de não chegar a tempo das apresentações.

- ... - Pela primeira vez Monique havia conseguido colocar Angel em seu lugar. A loira de cachos não sabia o quê fazer e o resto do clube estava percebendo que Monique estava certa. Talvez Angel fosse tão ruim como treinadora, quanto como pessoa.

- Então temos que ir logo, se vamos mesmo de ônibus podemos demorar um pouco - Patrícia se levantou apoiando a nova amiga.

- Patrícia! - Monique virou para ela chocada.

- É sério, Patrícia?! - Angel olhou para a Patricinha.

- Você e Raphael estão aqui a mais tempo que nós - Patrícia apontou para ela e Monique - Confiamos em você.

- Ah, fala sério - Monique se sentou de volta vendo seu discurso ir por água a baixo.

- Então estejam aqui as 6h da manhã! - Angel disse com a mão na cintura.
- O ônibus só vai tá aqui as 7h - Raphael sussurrou para a namorada.
- Às 7h da manhã - Angel se corrigiu - Vai ser uma viagem inesquecível!

De volta ao apartamento da Sarah, que ainda estava sem a verdadeira proprietária, Patrícia arrumava suas coisas para a viajem curta em sua clássica mala rosa enquanto Monique a fitava com olhos de quem queria a matar:

- O quê foi?!

- Patrícia, que porra foi aquela?! - Monique perguntou irritada.

- O quê?!

- Você defendendo Angel Esme! Tá certo que vocês tão amiguinhas agora, mas poxa, você me conhece a mais tempo - Monique explicava o motivo da raiva - E você sabe o quanto ela vem pegando no meu pé desde que chegamos.

- Ela só é alguém difícil de lidar.

- Eu sei, mas de loira metida já basta eu ter que lidar com você.

- Olha, você também não facilita o lado dela, okay?! Tinha que pegar justamente o Cassy?! Sabe que ela é afim dele.

- Todo mundo sabe disso, assim como todo mundo também sabe que ela namora o MELHOR AMIGO DELE!!!

- Olha só, durante muito tempo eu tive que mudar o meu jeito para não ser aquela pessoa "má" comparada a você e Priscila, agora eu finalmente achei alguém que me entende e VOCÊ não vai tirar isso de mim. BOA. NOITE. - Patrícia disse fechando a porta na cara de Monique.

Pela manhã, todos os membros do clube já estavam se preparando no pátio: Rose penteava seus belos cabelos brancos, Iria aquecia sua voz junto ao Kevin; Angel, JiA e CeCe repassavam os passos de dança, As três líderes se torcida permaneciam sentadas como boas figurantes admirando Raphael enquanto ele dava os últimos retoques no Ônibus imenso que seus pais haviam lhe dado quando completará 18 anos. Era normal entre fazendeiros. Ao menos entre os fazendeiros Sinclair.
Na parte interna do BitterSweet College, Patrícia se despedia do seu namorado com um "até logo" dito entre salivas trocadas escondidas na sala do grêmio estudantil. Pareciam Ken e Barbie em um comercial de dia dos namorados. Mais no porão da escola, Monique estava esperando Cassy que as 6h enviará uma mensagem com "Me encontre no Porão antes de ir - Ass.: C.H". Ela só não se tocou que a mensagem havia vindo de um número desconhecido e já estava quase dando 7h30 quando ela enfim resolveu ligar pro seu, agora, namorado:

- Alô?! - Uma voz de sono atendeu.

- Cassy, cadê você ?!

- Monique?! Que horas são? eu to dormindo?

- Dormindo?!

E foi nesse estante que Monique percebeu a burrada que fez, pois as portas do porão foram trancada e ela não sabia o quê fazer.

- Se for sobre a Sarah, eu... 

- Depois eu te ligo, Cassy, tchau - Monique correu até a porta, batendo e gritando desesperada - EI, ABRE ISSO. ABRE AGORA!!!

- Da próxima vez, fique longe do meu caminho, novata.

- Angel?! - Monique escutava uma voz fina, mas que pelo "novata" só podia ser de uma única loira antipática. - ANGEL. EU JURO QUE VOU MATAR VOCÊ.

Monique se afastou da porta respirando profundamente de olhos fechados e ao abri-los, contou progressivamente: "1... 2... 3..." e correu contra a porta, arrombando-a e causando um estrondo por todo o corredor.

De volta ao pátio, Angel e Raphael faziam a chamado para ter certeza de que estava todo mundo:

- Patrícia?! - Angel olhou tentando achar a amiga.

- Aqui - Patrícia apareceu vindo do corredor - Eu tava me despedindo do Neil, Sorry.

- Gente, vai ser só 2 dias, se acalmem - Angel ria - E cadê a...

- VOCÊ! - Monique surgiu no pátio com sangue nos olhos.

- Ah, aí está, eu posso... - Antes que Angel terminasse sua fala, foi recebida com um tapa tão forte de Monique que ela automaticamente foi parar no chão enquanto o estalo era ouvida por toda França - VOCÊ FICOU DOIDA?!

- NÃO. VOCÊ FICOU DOIDA! - Monique gritava apontando o dedo na cara de Angel - PRETENDIA ME MANTER LÁ POR QUANTO TEMPO?! ATÉ VOCÊS VOLTAREM?! EU PODIA TER MORRIDO. VOCÊ É O QUÊ?! UMA PSICOPATA?!

- DO QUÊ DIABOS VOCÊ TÁ FALANDO?!

- Eu sei que você me prendeu no porão - Monique cerrava os dentes.

- EU NEM CHEGUEI PERTO DO PORÃO HOJE - Angel respondia confusa e irritada.

- Ah, jura, Angel?! Então me diz quem mais teria motivos para me fazer mal?! - Monique encarava Angel esperando a mesma responder - Vai, qualquer um.

- Eu... Eu não sei - Angel havia sido pega de surpresa. Ela sabia que a única pessoa que reclamava da Monique, era ela mesma.

- Okay, chega, as duas, agora - Rose se meteu na discussão - Eu fiz esses figurinos para a apresentação de música, não para uma luta livre - Era verdade. Os vestidos e roupas brancas com coletes pretos feitos por Rose com o irmão de Raphael eram bonitos demais para estarem rodando no chão.

- Rose tá certa - Raphael se abaixou para ajudar sua namorada a se levantar - Se foi a Angel ou não que fez isso, a punição vai ficar para a volta.

- Raphael... - Angel olhou para ele com carinha de quem apanhou. E havia apanhado mesmo.

- O quê?! Você virou Santa agora?! - Raphael respirou fundo. - Todos para o ônibus.

A viagem foi longa e ninguém sabia exatamente o quê fazer. De um lado uma Monique irritada fuzilando uma Angel com os olhos. E do outro lado uma Angel com gelo na cara tentando cobrir a vermelhidão com CeCe, JiA e Patrícia. E no meio, Rose, Iria e Kevin sem saber se falar alguma coisa iria piorar ou melhorar a situação. Felizmente ao chegarem no local da competição, tudo estava voltando pros seus eixos: Monique estava mais calma, a vermelhidão de Angel havia sumido e Raphael havia conseguido descansar após passar quase 24 horas dirigindo (Com intervalos)
Eles eram os terceiros a se apresentar, o quê deu tempo o suficiente para uma última reunião: 

- Okay, olha, eu sei que foi um caminho meio difícil e eu sei que tivemos altos e baixos - Angel dizia
olhando fixamente para Monique - Mas chegamos aqui, não chegamos?! Agora é só a gente botar em prática tudo o quê aprendemos.

- E lembrem-se: Nós somos UM clube. Não somos vários integrantes. Nós somos uma única força em sincronia prontos para arrasar com todos - Raphael olhou para sua namorada e em seguida para seus amigos - Juntos somos mais fortes.

E então eles entraram e arrasaram. Começaram com Hate On Me de Jill Scott interpretada por Angel, CeCe e JiA com o clube de fundo e terminaram com Bad Romance de Lady Gaga interpretada por Raphael, Angel, Iria, Kevin, Rose e Patrícia. E foi com essa mistura que eles voltaram para BitterSweet College na 2° feira com o troféu do 1° lugar. Todos os alunos se reuniram próxima a escada para comemorar.
Era um momento alegre perfeito para Cassy e Monique enfim conversarem:

- Monique, olha... - Cassy se aproximou mas foi pego de surpresa por Monique que o puxou pela jaqueta e o beijou - Então... Estamos bem?!

- Estamos - Ela sorriu e logo em seguida olhou para Angel e o resto do clube comemorando. Angel até parecia alguém normal - Nessa fim de semana eu percebi que eu to cansada de brigar.

- Tá falando de mim ou...

- Olha esse clima de festa, Cassy, é assim que eu quero o resto do ano.

- E a Sarah?! - Cassy perguntou curioso sobre a ruiva que até agora não havia dado as caras.

- Ela vai ficar bem - Monique riu - Ela sempre fica, é só drama, vai por mim.

Os dois voltaram a se beijar enquanto Angel e o clube comemoravam cada vez mais alto. Chegando a incomodar até a diretora que com certeza achava que já havia passado da hora de todas estarem em sala.

- Nacionais, Aí vamos nós!!! - Angel dizia erguendo o troféu no alto da escada fazendo os alunos gritarem mais e mais.

Aquele era o momento deles, ao menos eram para ser, afinal, o clube de música estava sob nova direção e conseguiu ganhar mesmo com todas as adversidades. Mas a luz da porta invadindo os corredores mostrou uma silhueta na entrada do Colégio: Era Sarah. Completamente mudada.