quinta-feira, 8 de junho de 2017

Padoca|Capítulo 2: OJ, Alô?!

(Hello, Bitches❤)

- Não estou falando que estou apaixonado, mas... 
- Mas está! - Gus disse me interrompendo. 
- Okay, o quê que tu quer que eu faça?! 
- Que tal começar a tomar remédios controlados?!
- E é você quem me diz isso... - Não contive a risada sabendo a ironia daquele conselho. 
- Ei - Não foi difícil entender a indireta -Uma coisa não tem nada haver com a outra. 
- Ah, cara, que merda - Bufei irritado. Quem tivesse olhando não precisaria nem de meio cérebro para saber que eu não estava bem - Eu já tava bem, sem ninguém, seguindo outro caminho, aceitando que não teria volta e aí. . . 
- Eu sei, eu li "aquilo"! 
- Em minha defesa, você pediu. 
- Eu sei... Mas da próxima vez que enviar algo com direito a fotos,vídeos e relatórios completos...por favor: AVISA! 
- Okay... 
- Mas diz aí, como é esse Vini?! 
- Não faço ideia, mas o que não falta é vontade de descobrir. 
- Tu têm sérios problemas. 
- Provável... 
Apesar das diferenças e discussões irritantes, era gratificante conversar a sós com o Gustavo. Quando era só eu e ele, era só eu e ele. A gente não podia concordar em vários aspectos, mas se um precisasse de ajuda para esconder o corpo de alguém aleatório, poderíamos contar um com o outro. A conversar era tão leve que até havia esquecido que estava sozinho na rua com o celular. Quer dizer, havia esquecido até ouvir passos: 
- gustavodepoiseuteligofaloufaloufalou - Desliguei o telefone desesperadamente enquanto acelerava os passos. 
Okay, parando para pensar, não foi muito esperto sair tão tarde da casa da Adys. Nunca achei que teria tanto medo de uma feira que geralmente é lotado,mas também nunca imaginei que ela ficasse tão vazia. A medida que meus passos se aceleravam eu me sentia cada vez mais perseguido, me sentia dentro das minhas próprias histórias. Por um lado era excitante,mas por outro, o medo me impedia de olhar para trás e verificar se tudo não estava na minha cabeça. 
- PARA! - Uma Voz na minha nuca conseguiu me congelar. 
- Cara... - Não tenho certeza do que iria falar, mas não importava, pois apartir do momento que seus braços deram a volta no meu pescoço tivesse certeza que aquele era meu fim. Adeus sonhos, adeus futuro bem sucedido. Estou indo te ver, Charli! 

OJ

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