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| Hello,Bitches. |
Era pra ser mais um final de semana normal. Eu sei. Clichê. Mas o que eu posso fazer?! A história começou exatamente assim. Quando acabamos de brincar e se divertir, cada um vai pra sua casa, voltar as suas vidas de merda. Ao menos, geralmente é assim, todo sábado: Escola, Padoca, as vezes minha casa e então... #BackToNormal.
Hoje foi aqui em casa. Gosto de te-los aqui, é bom esquecer um pouco que essa é minha prisão. Eu sei o que você está pensando: "Argh! Drama adolescente". Não vou dizer que não, mas não é como se não tivéssemos motivo.
Essa noite eu estava sozinha em casa, meus pais estavam na casa dos meus avós e sinceramente, eu gosto. É bom ficar sozinha as vezes... Há há. Isso era algo que a Bell falaria.
Era mais ou menos 22:00 quando escutei alguém chamando na porta. Não vou dizer que minha rua é o lugar mais seguro ou perigoso do mundo, mas naquele momento, atender a porta com uma faca na mão parecia ter sido aceitável.
- Alexy? - Fiquei surpresa.
- Oi.
- O que tu tá fazendo aqui esse horário?!
- Meu celular.
Eu abrir a porta o deixando entrar.
Alexy era um dos meus melhores amigos, se não o melhor, e em diferentes ocasiões, nós ficamos diversas vezes, mas sei lá. Ele é legal, só que é um tanto... Sei lá. É difícil explicar.
Dizem que os opostos se atraem, mas se tratando do Alexy. É muita diferença.
Ainda assim, sempre que estamos só nós dois,o clima esquenta de tal forma que eu tenho certeza que já vi seus óculos embaçarem vez ou outra. Porém, ele não é o tipo que dá em cima. Ele é do tipo que analisa todos os detalhes da situação para ver se tem chance de me convidar para o cinema, então após 3 encontros, começa a namorar para que com 3 anos, o pedido de casamento vim e assim, na lua de mel, ele tentar de verdade. E eu?! Bem...
- Aqui - Eu entreguei seu celular.
- Valeu.
- Não sei como você não perde esses óculos.
- Eu tenho você pra me lembrar.
- Me têm? - Aproximei meu rosto.
- N-não foi isso que...
Antes que ele pudesse se enrolar mais, eu o puxei pelo seu suéter. Aquele suéter ridículo e quente. Beijava-o enquanto eu tentava o deitar na cama. Nunca associei "garoto duro" com algum ruim, mas ele era a exceção.
- Adys...
- Shhh... Não tem ninguém aqui.
- Eu...
- Somos só eu e você... - Eu consegui me deitar, com ele embaixo de mim.
- Eu...
- Que merda, porra - Eu me irritei com as tentativas falhas dele dizer "eu te amo" -Dá pra não estragar isso?!
- Eu tenho que ir, sério.
- ... - Encarei por alguns segundos, até descer desapontada.
Eu o levei até a porta, calada e irritada. Apesar de querer muito que ele fosse assaltado, não desejei isso pra ele. E o fato dele ter sido assaltado não teve nada haver com isso também.
Adys Sinclair.
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